Governo persegue Google por censura
Irritado por ser contrariado, o governo Lula acusou o Google Brasil de "manipular os resultados" de busca do Projeto de Lei da Censura. A Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, multou a empresa em R$ 1 milhão por hora, por práticas “agressivas” e “prepotentes”, "infrações" que não constam em nenhuma lei.
A ofensiva do governo, que teme a derrota do projeto de cunho fascista no Congresso, inclui sua tropa de choque, como o histriônico senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que quer censurar e suspender o Google. Em sua rede social, ele disse que vai acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Randolfe diz que pedirá a abertura de inquérito administrativo contra a ordem econômica por "abuso de posição dominante". Ele quer punir o Google por divulgar em google.com.br que o “PL das fake news pode piorar sua internet”, com link para um artigo onde lista razões para não aprovar o PL.
Outros veículos, como O Globo e a Folha de São Paulo, já publicaram artigos semelhantes, mas nenhum deles foi perseguido por isso. Até porque a Constituição Federal (ainda) garante a liberdade de opinião. Mas Randolfe vai perfir a retirada imediata do conteúdo, provando assim o perigo de aprovar o projeto.
A revista Oeste resumiu a hipocrisia: "ele defende censurar o Google, porque a empresa é contra o Projeto da Censura". Se sem ele o governo já quer suspender postagens das quais não gosta ou que contrariam sua narrativa, é façil imaginar como seria com uma lei dando respaldo para esses abusos autoritários.
O senador também quer a “abstenção de reiteração de práticas análogas e fixação de multa no valor máximo de 20% do faturamento bruto”, cancelar financeiramente para a empresa e o “bloqueio cautelar nas contas bancárias do Google”. Parece mais uma ofensiva para expulsar do Brasil uma das maiores empresas do mundo.
Antes de Randolfe, quem atacou o Google foi o bizarro ministro da Justiça, Flávio Dino. Ele disse que a empresa será denunciada à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) por “possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas”, o que não faz qualquer sentido.
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