Dallagnol é cassado mesmo com prova
O ex-coordenador da operação Lava Jato Deltan Dallagnol se manifestou depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou seu mandato como deputado federal de forma unanime, a pedido da federação do PT com PCdoB e PV. Ele foi cassado mesmo apresentando documentos que contrariam a denúncia.
“344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça”, disse Dallagnol. “Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro.”
O relator Benedito Gonçalves foi o único a votar de fato. Durante a leitura do parecer, ele argumentou que Dallagnol tentou burlar a Justiça ao deixar o Ministério Público durante o período em que, segundo Gonçalves, respondia a processos administrativos e que poderiam resultar em condenação, o transformando em “ficha suja”.
“Um manobra para driblar a inelegibilidade”, afirmou o integrante do TSE. Porém, Dallagnol entregou ao TSE e publicou no Twitter documentos que provam que não respondia a nenhum processo quando saiu para ser candidato. Os que existiam já tinham sido julgados improcedentes.
Depois da leitura do voto de Gonçalves, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, perguntou se alguém da Corte discordaria do entendimento do relator. Como ninguém se manifestou, Moraes declarou que o tribunal "decidiu por unanimidade" cassar o mandato de Dallagnol.
Além disso, o presidente do TSE afirmou que a decisão deve ser ratificada de imediato, mesmo sem publicação do acórdão. Dallagnol encerrou o dia já como ex-deputado federal. Como o quociente eleitoral não vai se alterar, a vaga fica com Luiz Carlos Hauly, que já foi deputado federal por sete vezes e ficou na primeira suplência. Com Oeste
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