CPI do MST já começou com bate-boca

A primeira sessão da CPI do MST já mostrou qual será a estratégia do governo para atrapalhar as investigações e teve bate-boca entre os integrantes. O presidente da comissão, deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), escolheu o também deputado Ricardo Salles (PL-SP) como o relator.

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) fez uma questão de ordem dizendo que Salles não poderia ser o relator porque “tem conflito de interesse” por ser "investigado por extração ilegal de madeira e financiado pelo empresário Rubens Ometto, presidente da Cosan", empresa produtora de bioetanol, açúcar e energia.

O presidente da comissão rejeitou a questão de ordem da parlamentar, por ser "de natureza subjetiva” e de foro íntimo. Em seguida, o deputado federal Éder Mauro (PL-PA) rebateu Sâmia, dizendo que o MST não quer o “bem do Brasil. Trata-se de um grupo desocupado que não tem nem CNPJ”.

Sâmia respondeu dizendo que Mauro “responde pelo crime de tortura e ainda quer falar de movimento social”. Ambos se exaltaram e outros colegas também levantaram a voz, até que o microfone de todos foi cortado. Zucco botou panos quentes dizendo que a CPI do MST vai se ater apenas a fatos, provas e requerimentos.

“Não queremos revanchismo”, declarou. Salles também ressaltou que “vai trabalhar com o máximo de imparcialidade”. A CPI foi instalada nesta quarta-feira, com 27 titulares e 27 suplentes. Kim Kataguiri é o primeiro vice-presidente; Delegado Fabio Costa o segundo e Evair de Melo o terceiro.

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sao pedro