Collor é condenado por ação no Lula 2
Todos os corruptos denunciados, julgados, condenados e presos pela Operação Lava Jato foram soltos pelos 11 ministros do STF, do ex-presidiário Lula a José Dirceu, Palocci e Sérgio Cabral. Mas o ex-presidente Fernando Collor pode ser o único a pagar pelo maior esquema de corrupção da história.
Aliado do PT no segundo governo de Lula, Collor recebeu como retribuição o comando da BR Distribuidora, com liberdade para nomear quem quisesse. Nesta quinta, o Supremo Tribunal Federal condenou Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mesmos crimes de Lula, por exemplo.
A pena ainda será definida, mas o relator da ação, Edson Fachin, pediou 33 anos de cadeia, mais multa indenização por danos morais, perda de bens e proibição de exercíer função pública. Segundo a denúncia, o ex-senador teria armado um contrato irregular de troca de bandeira de postos BR com a empresa Derivados do Brasil.
Em troca teria recebido propina. "A organização era vocacionada à prática de obtenção de vantagens indevidas no âmbito da BR Distribuidora, por meio de corrupção passiva e posterior ocultação da origem ilícita dos valores obtidos pelo emprego de diversos mecanismos de lavagem de dinheiro", afirmou o Ministério Público Federal.
“A organização criminosa era estruturada e seus membros possuíam tarefas definidas, integrando um de seus núcleos: político, financeiro, econômico ou administrativo”. O MPF diz que os elementos comprovaram que Collor tinha influência sobre a BR Distribuidora para indicações estratégicas na empresa.
Collor foi denunciado pela PGR em 2015 sob a acusação de receber R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, no segundo mandato de Lula (PT) para viabilizar, por indicações políticas, um contrato de troca de bandeira de postos de combustível celebrado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Além de Collor, foram condenados os empresários Luís Pereira Duarte de Amorim, administrador das empresas de Collor, e Pedro Paulo Bergamaschi, como operador do esquema. O primeiro teve a pena fixada pelo relator em oito anos e um mês de prisão; o segundo, em 16 anos e dez meses de prisão.
O três também devem pagar R$ 20 milhões a título de indenização por danos morais coletivos. A condenação gerou a curiosidade até de veículos do exterior. O editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian Winter, disse que “a Lava Jato foi cancelada para todo mundo, menos para Fernando Collor? Ajude-me a entender”.
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