CNJ premia três magistrados criminosos

Os desembargadores baianos da Justiça Trabalhista envolvidos na venda de sentenças para uma quadrilha vão ficar impunes se depender do próprio Judiciário. A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, que comanda o Conselho Nacional de Justiça, decidiu sobre o caso nesta terça-feira.

Ela premiou cinco desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região que venderam sentenças e foram indiciados na Operação Injusta Causa, da Polícia Federal, em 2019. Maria Adna Aguiar, Noberto Frerichs e Washington Gutemberg foram premiados com a aposentadoria compulsória.

Isto significa que vão continuar recebendo seus salários integrais sem nunca mais precisar trabalhar um dia sequer. Já os desembargadores Maria das Graças Oliva Boness e Esequias Pereira de Oliveira receberam apenas uma pena inóqua de "censura", que não afeta seus rendimentos nem os cargos.

A operação foi responsável por investigar e desarticular um esquema de venda de decisões judiciais e tráfico de influência na Bahia. Na oportunidade, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos desembargadores, que tinham sido afastados das atividades até maio de 2020.

O corregedor nacional Humberto Martins destacou os desvios disciplinares em decisões, interferência na suspensão e redesignação de leilões, direcionamento de julgamentos, assédio a desembargadores para que votassem para beneficiar empresas que pagaram pelas decisões.

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sao pedro