Bolsonaro quer CPI do MST de teor técnico

O presidente Jair Bolsonaro lembrou seus feitos em favor da reforma agrária em conversa com jornalistas e pediu seriedade por parte da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicada a investigar o grupo criminoso MST e quem financia a ação terrorista no campo.

“A CPI vai começar e tenho falado para os parlamentares, que vão compor o colegiado, para fazer um trabalho sério. Não é para ninguém chegar lá e ficar ‘lacrando’ ou querer aparecer. Eles têm que ficar lá para buscar alternativas”, defendeu o presidente de honra do Partido Liberal (PL).

O PL tem cinco titulares na CPI do MST, instalada na Câmara dos Deputados na quarta-feira: Ricardo Salles (SP), que é o relator; Capitão Alden (BA), Caroline de Toni (SC), Delegado Éder Mauro (PA) e Domingos Sávio (MG). Bolsonaro reiterou que não quer o colegiado usado como palanque. “Vamos tentar fazer uma CPI sem viés”.

Ele aproveitou para valorizar um feito de seu governo, a queda acentuada das invasões de terras para média de seis por ano. Nos governos de Fernando Henrique e Lula o número de ações terroristas no campo ficava entre 30 e 40 por mês. Hoje, no terceiro mandato de Lula, já aconteceram mais de 40.

O presidente Bolsonaro aproveitou para lembrar que, apesar de combater a milícia do MST, ele se dedicou à reforma agrária de verdade, garantindo a posse da terra ao assentado, contrariando o próprio MST, que mantinha os filiados em situação análoga à semi-escravidão, sob o jugo de seus líderes.

Bolsonaro elogiou o ex-presidente Michel Temer, seu antecessor, "que começou a política de intitular terras no Brasil, não foi comigo. Apenas com a Tereza Cristina e com o Geraldo anelo Filho, ex-presidente do Incra, potencializamos isso. Chegamos a 420 mil títulos, que dava a garantia para a pessoa de que aquela terra era dela”.

“No meu governo, ainda abrimos o licenciamento para a agricultura familiar, tratamos com dignidade as pessoas que serviam de massa de manobra para políticas que não concordamos, como invasão de terras”. “Quem sabe essa política de intitular terras pode ajudar nessa questão das invasões,” concluiu.

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sao pedro