Sites educativos espionaram crianças

Sete sites de educação de São Paulo e Minas Gerais coletaram e enviaram dados de estudantes para empresas de publicidade. A denúncia foi feita nesta segunda-feira pela organização Human Rights Watch (HRW), que investigou o assunto entre novembro e janeiro deste ano, nos dois estados.

Os sites acusados são Estude em Casa, Descomplica, Escola Mais, Explicaê, MangaHigh, Stoodi e Centro de Mídias da Educação de São Paulo. Eles foram contratados pelos governos estaduais para dar apoio aos estudantes durante a pandemia de covid-19, quando as aulas presenciais estiveram suspensas.

A pesquisadora de tecnologia do HRW, Hye Jung Han, afirma que os governos estaduais permitiram que qualquer pessoa tivesse acesso e coletasse informações pessoais das crianças. A pesquisa aponta que os portais monitoraram os estudantes dentro de suas salas de aula virtuais e também fora dela.

Eles espionaram os jovens enquanto eles navegavam pela internet fora do horário de aula. Cinco desses sites, segundo o estudo, aplicaram técnicas de rastreamento particularmente intrusivas para vigiar estudantes de forma invisível e de maneiras impossíveis de evitar ou se proteger.

Depois da investigação, a Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que removeu todo o rastreamento de anúncios de seu site. Já a de São Paulo ainda não respondeu. A Constituição Federal protege o direito à privacidade. E o Brasil também ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. Com Abr

18:15  |  


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sao pedro