Produtores cobram legalidade na Alba

Mais de dois mil produtores rurais foram à Assembleia Legislativa da Bahia cobrar providências contra o terrorismo praticado pela facção MST no campo. Eles exigem que o governo estadual, historicamente parceiro dos terroristas, mude de atitude e defenda quem produz, gera empregos e arrecadação para o estado.

Várias invasões de fazendas já foram feitas pelos bandoleiros do MST em municípios como Jaguaquara, Juazeiro e Guaratinga, além de áreas da Suzano. A mobilização desta terça teve o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, sindicatos rurais, prefeitos, deputados federais e estaduais.

O deputado estadual Eduardo Salles, do PP, foi amplamente vaiado depois de sugerir que se monte uma mesa de negociação com o movimento terrorista. Já o presidente estadual do PL, João Roma, que luta contra as invasões e defende reação rigorosa contra o MST, foi ovacionado ao chegar.

Membro do movimento Invasão Zero, Roma reiterou seu compromisso com os produtores rurais e disse que o governo da Bahia não pode ficar omisso. Ele precisa dar uma resposta enérgica aos atos criminosos que estão sendo perpetrados no campo, afirmou o ex-ministro do governo Bolsonaro.

Na abertura da sessão, o presidente da ALBA, Adolfo Menezes, afirmou sua posição clara de estar “ao lado da ordem, ao lado da produção, e que não é contra ninguém, mas é contra a barbárie, é contra quem quer agir fora da lei”. Elefoi secundado pelo presidente da Faeb, Humberto Miranda.

Ele mostrou preocupação com o ambiente de tensão no campo e pediu mediação das autoridades. “O conflito é iminente. A gente sabe como começa, mas não sabe como termina. O Governo do Estado precisa sentar-se à mesa para dar tranquilidade ao homem do campo”.

Representantes de diferentes regiões da Bahia elencaram os principais prejuízos causados pelas invasões, a exemplo da insegurança jurídica, que gera retração nos investimentos e na produção. Eles também cobraram celeridade do governo baiano no cumprimento das decisões judiciais de reintegração de posse.

“Estamos vivendo num estado de exceção. Como fica o comando da Polícia Militar, que na hora que se depara com o crime não pode agir? A Polícia não tem cumprido as decisões judiciais. O governador é que comanda a Polícia. O comandante da tropa não tem culpa”, afirmou Luiz Uaquim, produtor de Ilhéus.

“Tenho vergonha de estarmos aqui debatendo uma ilegalidade porque o governo é que deveria estar nos protegendo”, emendou Marcos Moscoso, da Chapada Diamantina. De Feira de Santana, Luiz Bahia Neto reiterou que há pouco efetivo policial para as ações de reintegração de posse.

Além disso, muitas vezes a demora no julgamento da ação acaba prolongando a permanência de invasores na propriedade. “Durante esse tempo, os invasores destroem a fazenda. Até quando o produtor rural vai ser refém das invasões? Todo mundo fica com medo, com receio”, pontuou.

“O que mais nos angustia nessa instabilidade é que a gente assiste à omissão e à desatenção dos poderes públicos. Que eles se posicionem de forma efetiva”, acrescentou Wagner Pamplona, do oeste baiano.

Produtor rural, o deputado estadual Sandro Régis reafirmou o compromisso de atuar no legislativo para ter ações concretas em defesa dos produtores rurais. “As invasões são atos criminosos. Vamos continuar trabalhando para que o parlamento esteja ao lado de vocês e possa trazer a ordem e respeito a quem produz e gera emprego”.

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sao pedro