Pacheco enrola e não instala a CPMI
Alguns parlamentares da oposição devem acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instale a CPMI do 8 de janeiro. Inicialmente, Pacheco havia combinado com o autor, André Fernandes (PL-CE), que a instauração seria no final da primeira quinzena de abril.
O presidente do Senado, contudo, deve viajar à China com o mandatário Lula na mesma semana que, em tese, aconteceria a primeira sessão no Congresso, entre 11 e 14 de abril. Caso confirme a ida, Pacheco só voltaria para o Brasil em 16 de abril. Desse modo, a leitura da CPMI aconteceria somente na semana do dia 17.
Mas nem isso deve acontecer, porque Pacheco já marcou outra viagem, a Londres, Inglaterra, em 20 de abril, para palestrar em um evento do Lide, grupo de empresários fundado pelo ex-governador João Doria. Combinado com o governo petista, Pacheco adia a isntalação para dar tempo de o PT sabotar a CPMI.
O governo Lula vem comprando deputados e senadores para que retirem suas assinaturas, através de entrega de cargos, liberação de emendas, ameaça de segurar as mesmas emendas ou retaliar os partidos. Para ele, o tempo pode fazer a CPMI esfriar e ficar mais fácil "convencer" os parlamentares a desistir.
Não é de hoje que o senador mineiro tenta adiar a instalação da comissão. A primeira data sugerida por Pacheco só foi divulgada quase um mês após o requerimento da CPMI ser protocolado. Até o momento, a CPMI possui o apoio de 192 deputados federais e de 37 senadores.
Ao todo, oito deputados recuaram depois de terem assinado o requerimento, "convincidos" por Lula: Olival Marques (MDB-PA), Junior Lourenço (PL-MA), Max Lemos (Pros-RJ), Célio Silveira (MDB-GO), Detinha (PL-MA), Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Chiquinho Brazão (União-RJ) e José Nelto (PP-GO).
O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelo vandalismo nas sedes dos Três Poderes. A CPMI do 8 de janeiro quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos. Também existe a suspeita, reforçada pelo pânico do PT, de que tenha sido feita por infiltrados do partido. Com Oeste
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