Oposição trava Câmara até abrir a CPMI
A oposição na Câmara dos Deputados decidiu obstruir todas as pautas na Casa até que a CPMI do 8 de janeiro seja instalada. Após o vídeo que mostra o general Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional, no Palácio do Planalto durante os ataques, novos deputados estão assinando o requerimento.
Como divulgou a Coluna do jornalista Cláudio Humberto desta quinta-feira, 20, cinco comissões foram obstruídas e canceladas por falta de quórum. “Nada funcionará nada até a CPMI ser instalada!”, disse o deputado André Fernandes (PL-CE), autor do requerimento, no Twitter.
“Pedir a demissão não vai resolver o problema. Tem que ser preso e o Lula, que tentou acobertar tudo isso, tem que ser impeachmado! Não só o Gonçalves Dias tem que ser preso como também quem o acobertou. Lula decretou sigilo nas câmeras do Planalto do dia 8 e negou enviá-las pra Câmara dos Deputados", postou.
Segundo Fernandes, “os deputados que não tinham assinado ainda o requerimento de CPMI do 8 de janeiro agora estão assinando. O jogo virou! Governo Lula não conseguirá conter o parlamento”. O vídeo causou outras reações, como a do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ele deu prazo de 48 horas para a Polícia Federal tomar depoimento de Gonçalves Dias sobre os vídeos que expuseram o chefe da segurança do Palácio do Planalto em “conivente omissão” diante de invasores que destruíram a sede do governo do Brasil.
“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, diz Moraes em um trecho de sua decisão.
André Fernandes ainda conseguiu a convocação do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, na Comissão de Relações Exteriores. Ele quer explicações de Viana por ter falado mal do Brasil e do agro brasileiro na China.
A fala foi diante de uma delegação composta principalmente por executivos do agronegócio, que sofrem pressão externa e interna por investimentos em sustentabilidade e até campanhas de boicote contra seus produtos. Viana associou a derrubada da floresta ao avanço da pecuária.
“Nós brasileiros deveríamos parar de dizer fora do Brasil que o Brasil não tem problema ambiental. Nós temos e faz muito tempo”, afirmou o petista Jorge Viana, que é ex-governador do Acre e engenheiro florestal. Ele falou em um seminário organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Com Diário do Poder
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