Manobra mudou o equilíbrio da CPMI
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autorizou, enfim, a instalação da CPMI do 8 de janeiro. A leitura do requerimento ocorreu na sessão do Congresso Nacional aberta nesta quarta-feira, 26.
O aval para a instalação da CPMI do 8 de janeiro era aguardado para a sessão da última semana do Congresso Nacional, Pacheco, no entanto, ajudou o governo do presidente Lula e adiou a instalação da comissão que, diferentemente de uma comissão comum, é “mista”, reunindo deputados federais e senadores.
A instalação da CPMI ocorre em meio à mudança de postura por parte da base governista. Até meados da última semana, o governo era contrário a existência da comissão.
O discurso dos aliados de Lula mudou depois que imagens mostraram a presença do então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto no dia em que o local foi invadido por manifestantes.
No mesmo dia das revelações das imagens, divulgadas em primeira mão pela emissora CNN Brasil, Gonçalves Dias deixou o ministério lulista. Além da queda dele, o governo passou a discursar em favor da instalação da CPMI — e agora atua nos bastidores do poder para conquistar para aliados a presidência e a relatoria da comissão.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, fez uma manobra nas horas que antecederam a leitura da CPMI. Ele moveu o próprio partido do Bloco Democracia para o Bloco Resistência Democrática. Agora, o Resistência, que tinha cinco cadeiras, passa a ter seis vagas no colegiado.
Desse modo, o Bloco Vanguarda, da oposição, que tinha três indicações à comissão, perde uma vaga. O número de cadeiras do Senado na CPMI não muda, permanece 16. A manobra altera a proporcionalidade do colegiado. Conforme apurou Oeste, a oposição não aceitou a atitude de Ranfolfe e pretende recorrer de alguma forma. Com Oeste
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