Jerônimo volta com a bagagem vazia
Depois de 16 dias na China, o governador Jerônimo Souza voltou à Bahia sem nada de concreto na bagagem. Ele visitou empresas e conversou com lideranças locais, mas só conseguiu memorandos de entendimento, que não significam nenhum investimento certo. É apenas uma declaração formal de interesse, lembra o Jornal das Sete, da rádio Morena FM.
O governo anunciou que a viagem, que incluiu uma parada em Dubai, trouxe "avanços em acordos com empresas chinesas" mas não explicou quais seriam esses avanços. Em Abu Dhabi, Jerônimo assinou um memorando com a Acelen para que seja estudada a possibilidade de investir R$ 12 bilhões nos próximos 10 anos.
O dinheiro seria usado pela empresa para a produção do chamado diesel verde e querosene de aviação, a partir de uma mistura com soja, macaúba e dendê. Ele também assinou um protocolo de cooperação entre empresas baianas e chinesas de agropecuária, sem indicar nenhuma medida concreta.
Jerônimo ainda visitou a Huawei e a convidou para instalar uma fábrica no estado. Depois foi até a BYD e fez o mesmo convite, para que ela assuma a fábrica da Ford que a Bahia perdeu no ano passado. E discutiu a retomada do VLT do Subúrbio, mas ela depende de mudar o contrato para aumentar o valor pago pelo governo.
Outro ponto da viagem foi uma reunião com as empresas que integram o consórcio da Ponte Salvador - Itaparica, sem nenhuma definição. A ponte foi lançada ainda no governo do petista Jaques Wagner, que anunciou sua inauguração para 2013. Mas, até hoje, dez anos depois, a obra está apenas no papel.
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