Trotes criminosos prejudicam o Samu
A Prefeitura de Jequié, no sudoeste baiano, lançou uma campanha para tentar diminuir os trotes telefônicos que pessoas sem educação passam para o Samu 192. Um levantamento revela que mais de 500 trotes foram recebidos nestre ano, entre janeiro e esta semana.
Passar trotes aos serviços de emergência, como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu é um crime previsto pelo artigo 266 do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção. Além disso, crianças e adolescentes também podem ser punidos.
Essas chamadas falsas prejudicam pessoas que precisam de atendimento urgente e podem até morrer porque uma ambulância foi desviada para atender um trote. Em 2022, das 67.047 ligações recebidas, 4.956 eram pedidos falsos de atendimento, cerca de 7,3%. As ambulâncias perderam tempo atendendo 10 desses trotes.
O serviço conta com 17 Unidades de Suporte Básico de Vida, duas Unidades de Suporte Avançado (USA), uma motolância e, em breve, uma USA em Jaguaquara e uma USB em Ibirataia. O Samu conta com cerca de 270 profissionais, incluindo motoristas, socorristas, técnicos e auxiliares em enfermagem, enfermeiros e médicos.
“O trote causa vários danos, como a ocupação das linhas telefônicas, fazendo com que deixem de ser atendidas as ligações de situações reais; causa o acionamento da ambulância que, ao chegar ao local e não encontrar a ocorrência, deixou de atender uma real situação de socorro".
"Existem ainda os gastos gerados desnecessariamente com combustível, depreciação da ambulância e até o desgaste dos profissionais envolvidos. Esse tipo de iniciativa é criminosa e esperamos contar com a sociedade para que casos como esses não aconteçam mais”, diz o coordenador geral Leandro Simões.
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