Líder da facção FNL continua na cadeia
O desembargador Augusto de Siqueira, da 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou habeas corpus para José Rainha Júnior, líder da facção Frente Nacional de Luta (FNL). José Rainha foi preso em 28 de fevereiro, junto com outro líder da facção, Luciano Lima, acusado de extorsão.
A denúncia do Ministério Público, acatada pela Justiça, diz que o líder criminoso dos sem-terra teria exigido pagamento dos fazendeiros para não invadir suas terras. Os advogados de Rainha alegavam que os fatos não são novos, mas de 2021 e 2022 e, por isso, não cabia decretar a prisão preventiva agora.
Entre fevereiro e março, a FNL lançou o “Carnaval vermelho”, um movimento criminoso de invasão de terras no oeste de São Paulo, por si só motivo para a prisão. Mas ela foi decretada pelo esquema de extorsão. O desembargador citou a decisão da Comarca de Rosana, que decretou a prisão.
“Os delitos, em que pese ocorridos no ano de 2021, somente foram desvendados agora, em 2023, após trabalho investigativo da Delegacia de Polícia de Primavera, que, por meio de sua equipe de investigação e do delegado titular, empregou esforços para coletar indícios e elementos de prova que pudessem levar ao desnudamento do esquema criminoso, tendo obtido provas periciais, testemunhais, reconhecimentos fotográficos pessoais e de local, laudos advindos da interceptação telefônica deferida por este Juízo e, finalmente, autos de apreensão”.
Além disso, segundo o magistrado de Rosana, “os elementos indiciários colhidos dão conta de que a organização criminosa se preparava para agir novamente, em Primavera e região, cometendo novos crimes”. Com a negativa da liminar pelo desembargador, a Câmara Criminal irá analisar o mérito do habeas corpus. Com Oeste
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