Jovem Pan reage contra perseguição
Depois de a Jovem Pan reagir aos ataques do Sleeping Giants, em cruzada contra a emissora, o grupo extremista apelou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada. Isso porque a rádio que virou TV acionou a Justiça contra o ajuntamento, por “difamação”.
Após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Sleeping Giants iniciou uma campanha de desmonetização da Jovem Pan, intimidando anunciantes da empresa. Conforme o mais recente levantamento, mais de 50 desfizeram a parceria com a companhia de mídia, em virtude da pressão.
Em 3 de janeiro, a pedido da Jovem Pan, a Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação para descobrir os responsáveis e os financiadores do Sleeping Giants. Dessa forma, busca-se identificar e punir os responsáveis pela campanha difamatória, iniciada em dezembro contra a emissora.
Por causa da reação da Jovem Pan, o Sleeping Giants pediu a Moraes para tomar a frente do caso e incluir a empresa no inquérito das fake news. Assim, a Jovem Pan passaria de vítima a algoz. Seria incluída entre os "propagadores dos atos terroristas e discurso de ódio".
O jornal Gazeta do Povo informou que, em janeiro, policiais visitaram o endereço registrado do grupo, em São Paulo, para localizar e notificar os responsáveis. Os agentes constataram que o Sleeping Giants aluga um “espaço virtual” na Regus, uma grande empresa de coworking.
Uma funcionária informou que os sócios do Sleeping Giants “nunca estiveram fisicamente presentes, e que tudo funciona através de e-mails, inclusive o contrato de locação e o envio de documentos pessoais”. O contrato foi assinado por Mayara Stelle, que informou um celular de Minas Gerais, mas sem endereço.
A Jovem Pan não é a única a se tornar alvo dos extremistas. Em julho de 2021, o Sleeping Giants mobilizou cerca de 200 empresas a tomar medidas contra supostos ataques homofóbicos do apresentador Sikêra Jr., na RedeTV!. A lista de patrocinadores que retiraram a verba incluiu BMW, Ford, Tim, Samsung e CEF.
Em novembro de 2020, o movimento de esquerda perseguiu anunciantes do jornal Gazeta do Povo, para asfixiar e calar a publicação. Além disso, o Sleeping Giants fez parte de uma campanha na internet pela demissão do jornalista Rodrigo Constantino, colunista da Revista Oeste e da Gazeta.
O método do Sleeping Giants funciona principalmente nas redes sociais. Os administradores do movimento “marcam” o perfil das empresas e pedem que deixem de anunciar no veículo até terem sua demanda atendida. Os anunciantes cedem, ao pensar que podem estar à beira de uma crise de imagem. Com Oeste
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