Itabuna vive onda de multas suspeitas
Itabuna vive uma epidemia de multas e as reclamações têm crescido. A Secretaria de Transporte e Trânsito vem emitindo multas contra motoristas por infrações como falar no celular enquanto dirige, apesar de todo carro ter viva-voz, ou não usar cinto de segurança ou ainda a existência de passageiros sem o cinto.
Porém, em nenhum caso o motorista foi parado, como instrui o Código Brasileiro de Trânsito em seu artigo 280. É obrigação do agente de trânsito parar o motorista, confirmar a infração e pegar a assinatura dele. O que não acontece em cidades onde o agente ganha por produtividade, como Itabuna.
Quanto mais multas o agente aplica, mais pontos recebe e mais gordo fica seu salário. O resultado é o abuso cometido por muitos agentes em busca de um valor maior no final do mês. A regra, em Itabuna, é emitir as multas sem parar o suposto infrator, sequer para confirmar o que o agente pensa ter visto.
Uma pessoa pode estar usando uma camisa da mesma cor do cinto de segurança, por exemplo, especialmente à noite, ou os reflexos do sol no parabrisa distorcerem a visão. No caso do celular, hoje é improvável que alguém precise pegar o aparelho para falar. Sem parar o "infrator" nem foto provando, o motorista fica vulnerável aos abusos.
Uma motorista comenta que já foi multada duas vezes por falar ao celular, mas "meu carro tem Bluetooth e eu falo através dele. O celular fica sempre na bolsa". Outro reclama de multas que levou por não usar o cinto de segurança. "Uso desde antes de virar lei e jamais saio sem usar".
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