Ilhéus discute o caos no transporte
A Câmara de Ilhéus promove, nesta quarta-feira, uma audiência pública sobre a crise do transporte no município. E ela vai ter muito o que discutir. As empresas São Miguel e Viametro colocam nas ruas ônibus sucateados, sem manutenção nem segurança, e em número menor que o necessário.
Já virou rotina ver porta de ônibus caindo durante o trajeto, veículos sem força para subir ladeira ou perdendo os freios de repente. Os ônibus são enferrujados, usam pneus carecas e queimam óleo. Na semana passada um começou a se desmanchar na rua, perdendo pedaços. Outro quase pegou fogo.
Já existem vários relatos de ônibus, tanto da Viametro quanto da São Miguel, perdendo o freio ao descer uma ladeira, colocando a vida dos passageiros, motoristas e cobradores em risco. Neste fim de semana, um motorista se recusou a descer a ladeira da Lagoa Encantada.
Ele teve medo de perder o freio na descida e não conseguir subir a ladeira na volta, por falta de força no motor. O vereador Jerbson Moraes defende cancelar os contratos imediatamente. A ironia é que foi o próprio Jerbson, quando presidente da Casa, quem sabotou e impediu uma CEI sobre as empresas de ônibus.
Quando os ônibus voltaram a circular, o prefieto Mário Alexandre fechou um acordo nebuloso com as empresas, apgando R$ 15 milhões, extinguindo os impostos, e criando um "programa de apoio social" que compraria R$ 150 mil em passagens para distribuir às pessoas que perderam o emprego na pandemia.
O vereador Jerbson Moraes, que antes impediu a Câmara de investigar o acordo de Mários Alexandre com a São Miguel e a Viametro, hoje quer anular os contratos. “Anos e anos de discussão e nada de concreto. Esse contrato de 30 anos, já não contempla as necessidades da população", afirmou.
A audiência convidou representantes da Prefeitura de Ilhéus, das concessionárias Viametro e São Miguel, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
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