Câmara debateu o autismo em Itabuna
A Câmara de Itabuna recebeu nesta quarta as associações, conselhos e pais de autistas para discutir caminhos para a inclusão deles na sociedade. Os especialistas lembraram que é necessário unir forças para ver cumpridas as leis que garantam prioridade no atendimento na saúde e a presença de profissionais qualificados na educação.
A Associação de Pais e Amigos do Autista de Itabuna, que acompanha 120 famílias e tem certificado de utilidade pública, só conta com recursos de voluntários. A presidente Jisa Caldas pede que se instale um Centro Especializado em Autismo no município, que pode encurtar o abismo entre as leis e a realidade.
Segundo a neuropediatra Sabrina Calmon, a cada 44 babês um é autista. Ela defende uma intervenção imediata, logo depois da suspeita, para garantir o desenvolvimento da criança. “O próprio profissional que acompanha a criança no posto pode identificar se há alteração no comportamento esperado”, explica.
Já a psicóloga Maria Cristina Anunciação lembrou a importância de dar suporte às famílias, que precisam ter tranquilidade e buscar forças para cuidar dos filhos autistas. “Quem cuida de quem cuida?" pergunta, lembrando que é necessário uma equipe multidisciplinar para apoiar essas famílias.
Os vereadores prometeram abraçar a luta pelo Centro Especializado, assim como pela carteira de identificação do autista. Entre eles está o proponente dsa sessão, Gilson da Oficina, que recebeu adesão de Wilma de Oliveira, Cosme Resolve, Kaiá de Saúde, Ronaldo Geraldo e Dando Leone.
Doutora em educação inclusiva, a professora Genigleide Hora, da Uesc, diz que “ainda há muito a se fazer, principalmente por parte das políticas públicas, para cumprir as leis que foram definidas. Que haja a forma de olhar para a pessoa com deficiência com a dignidade e os direitos que lhe são concedidos”.
As representantes das secretarias de Saúde, Maristela Hillesheim e Naira Cruz; e de Educação, Lindiana Gomes, falaram do trabalho realizado em favor da inclusão em Itabuna, mas lembraram que, na área da Saúde, é muito difícil encontrar especialistas no Transtorno do Espectro Autista.
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