Bahia inaugura centro de Falciforme

Nesta terça-feira entrou em funcionamento o Centro de Referência de Doença Falciforme da Bahia, em Salvador, que irá ampliar o atendimento aos pacientes. O centro de gestão pública foi inaugurado na segunda-feira pelo Ministério da Saúde e o governo da Bahia.

Construído durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, o local vai oferecer diversos tipos de serviços médicos. Com isso, os pacientes não terão de ir a outras unidades ou até mesmo municípios vizinhos. Pacientes com a doença falciforme sofrem com crises de dor e infecções recorrentes.

"Queremos garantir exames e diagnósticos eficazes para prolongar e garantir a qualidade de vida da população”, disse o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães, conforme nota divulgada pelo ministério. O governo Bolsonaro destinou cerca de R$ 3,4 milhões para a instalação do serviço.

A doença falciforme é a condição genética hereditária mais comum no mundo. Caracteriza-se pela alteração do formato dos glóbulos vermelhos do sangue, que passam a ter formato de foice e não arredondados. O formato alterado dificulta a chegada de oxigênio aos órgãos e tecidos, provocando dores crônicas, anemia e infecções.

Os sintomas surgem no primeiro ano de vida e estendem-se por toda a vida. Os mais comuns são dor nos ossos e articulações, principalmente mãos e pés; infecções (pneumonia, meningite), feridas nas pernas que demoram a cicatrizar; e sequestro do sangue no baço, que incha, podendo levar à morte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,5 mil bebês nascem com a doença por ano. A doença falciforme é mais comum na população negra. Um dos principais exames para o diagnóstico precoce é o teste do pezinho, realizado gratuitamente antes de o bebê receber alta da maternidade.

Em outras faixas etárias, o diagnóstico pode ser feito com o exame de eletroforese de hemoglobina. Quando a doença é identificada, o paciente deve ter acompanhamento médico por toda a vida. O tratamento envolve atendimento de profissionais como nutricionista, psicólogo e dentista.

A Bahia é um dos estados com maior incidência da doença, uma vez que é mais comum na população negra, que corresponde a 76,3% dos baianos. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2022 cerca de 6.600 crianças nasceram com a condição no estado, um dos maiores índices do mundo.

O centro irá funcionar de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O governo da Bahia informou que, na primeira semana será feita a triagem das pessoas, entre um e 45 anos, que tenham antecedente de anemia com causa desconhecida. A previsão é aplicar 100 testes por dia para diagnóstico da doença. Com Abr

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