Audiência defende revogação da IN125
O deputado estadual Raimundinho da JR criticou a Ceplac por não participar da audiência pública da Assembleia Legislativa da Bahia que discutiu a importação do cacau africano pelo porto de Ilhéus. "É um absurdo o órgão não encaminhar um técnico para explicar os motivos para aprovação da importação das amêndoas do cacau".
A crítica foi feita durante a audiência da Comissão de Agricultura e Política Rural. “Eu também sou produtor de cacau, lá no sul da Bahia, em Aurelino Leal, e a gente fica triste vendo o absurdo que é a Ceplac, um órgão fiscalizador do cacau, se posicionar de forma errônea, ao não deixar um técnico vir a uma reunião dessas".
A audiência, pedida pelo deputado Hassan, concluiu que é preciso revogar a Instrução Normativa 125/2021, que permite a entrada do cacau africano sem ser tratado com Brometo de Metila, única substância eficaz no combate a pragas como Phytophthora megakarya e Striga spp, presentes em território africano.
Segundo Hassan, “tivemos aqui diversos encaminhamos importantes no sentindo de que a gente coloque em prática e consiga efetivamente solução para defesa do produtor de cacau do sul da Bahia. Analisamos aqui os riscos fitossanitários derivados da importação do cacau africano”.
"Vamos buscar o apoio da bancada federal e dar conhecimento ao nosso governador Jerônimo Rodrigues e ao secretário Estadual da Agricultura, Wallison Tum, no sentido de que nós consigamos junto ao governo federal a imediata revogação da IN 125, o que daria maior segurança e eliminaria a questão dos riscos fitossanitários".
Hassan destacou que, apesar do Ministério da Agricultura afirmar que os riscos são muito baixos, "eles não são inexistentes. Por isso que hoje estamos nessa comissão discutindo a situação”. Os produtores aproveitaram para se queixar das dívidas acumuladas, falta de recurso para investimentos, e de assistência técnica.
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