Sarampo é nova ameaça nas Américas
O risco de surto de sarampo no continente americano é o mais alto dos últimos 30 anos. O alerta é da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e foi divulgado nesta segunda-feira. A organização pede que os países retomem a cobertura vacinal infantil e atualizem os planos de resposta ao sarampo.
De acordo com o documento, os surtos mais significativos ocorreram no Brasil, onde a circulação endêmica continua. Segundo Ana Caetano, presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, o continente americano havia ficado livre do sarampo em 2016. Entretanto, com a baixa cobertura vacinal, essa realidade voltou.
"O que aconteceu é que, nos últimos anos, houve uma redução muito grande nessa cobertura vacinal. Então, para se ter uma ideia, no último ano o Brasil teve uma redução de 50% na cobertura vacinal. Isso fez com que novos casos, vindos de outros países, começassem a entrar nos países da América."
Em 2021, apenas seis países do continente atingiram 95% de cobertura com duas doses. E outros dez relataram cobertura inferior a 80%. Segundo o Programa Nacional de Imunizações, até 2015 o percentual de brasileiros protegidos atingia as metas, mas com o retrocesso da imunização, a porcentagem voltou à década de 1980.
Entre 2018 e 2021, 26 crianças menores de 5 anos foram vítimas da doença no país. Nas duas décadas anteriores, apenas um óbito havia sido registrado. Ana Caetano explica que o sarampo é um vírus altamente contagioso e que o esclarecimento da população é um aliado para o enfrentamento da doença.
"Explicar e informar a população, corretamente, que a vacina é necessária para evitar que a gente tenha um surto de sarampo no Brasil". No final de janeiro, o Ministério da Saúde anunciou a campanha de multivacinação contra poliomielite e sarampo nas escolas, que deve ocorrer a partir de maio. Com Abr
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