Busca Vida educa sobre carangueijos
Ambientalistas e moradores do Condomínio Busca Vida, em Camaçari, litoral norte da Bahia, estão sendo conscientizados sobre o período de defeso do caranguejo-uçá, de 21 a 26 de fevereiro. Nesta época, a pesca, caça, transporte, industrialização e comercialização dessa espécie ficam vetadas ou controladas.
O defeso é o período de reprodução da espécie, explica Marcelo Dourado, administrador do CBV. A espécie corre muitos riscos na natureza, pois a carne do caranguejo-uçá é muito apreciada na culinária e sua carapaça também é utilizada no artesanato, cosméticos e na alimentação animal.
A subespécie "Ucides cordatus cordatus" possui carapaça de coloração que varia do azul-celeste ao marrom escuro, patas lilás ou roxas quando na fase juvenil, e de cor ferruginosa ou marrom-escuro quando adulto; sendo encontrado em mangues desde a Flórida (EUA) até o sul do Brasil.
O caranguejo-uçá é uma das espécies mais comuns nos manguezais da costa atlântica. O termo “uçá” vem do tupi u’sa (caranguejo). A CBV também cuida da proteção a um berçário natural de tartarugas marinhas e de reprodução natural de diversas espécies.
Em parceria com o Projeto Tamar, ela participa da soltura de tartarugas marinhas na alta estação, ao lado de biólogos da entidade e voluntários (foto). Durante a ocasião, uma rápida palestra é realizada pelos especialistas, explicando o ciclo reprodutivo e os cuidados que devemos ter com a preservação da espécie.
O Condomínio Busca Vida está em uma Área de Preservação Ambiental e sua administração atua com o direcionamento de especialistas em diversas frentes, inclusive em âmbito marítimo. Isso porque a praia da localidade é uma das preferidas por diversos animais marinhos, por ser silenciosa e escura, sem banhistas.
"É por esta razão que os humanos devem adotar uma série de cuidados nesta temporada em que há mais frequentadores, como manter a área escura ou com luzes adequadas, não deixar cadeiras, sombreiros e outros equipamentos fixos na areia, andar de coleira com os animais de estimação e não usar veículos na praia".
Com relação às tartarugas-marinhas, as fêmeas saem do mar e procuram desovar acima da linha da maré, na região da areia mais seca. Em cada ninho, são colocadas uma média de120 ovos, que demoram cerca de 60 dias até a eclosão. Durante todo o processo, a CBV prepara a abertura de ninhos.
Ele também acompanha as caminhadas de filhotes de tartarugas ao mar. Há sete espécies no mundo, todas ameaçadas de extinção, cinco estão no Brasil e quatro na Bahia. A praia de Busca Vida é importante para a tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga oliva e a tartaruga verde.
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