Bolsonaro critica as prisões ilegais

Nesta segunda-feira, durante o evento SA Summit 2023, na Flórida, o presidente Jair Bolsonaro disse que os manifestantes que continuam presos em Brasília são “tratados como terroristas”. “No Brasil, tudo passou a ser fake news, atentado contra o Estado Democrático de Direito”.

“Vão completar dois meses com 900 pessoas presas, tratadas como terroristas. Não foi mostrado, quando foram presas, um canivete sequer com eles. E estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós.” As prisões foram ordenadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Juristas de todo o país consideram que a ordem é ilegal, por não individualizar a prisão nem determinar que crime foi cometido, por exemplo. "No ordenamento jurídico do país não existe a prisão em massa nem sem determinação do crime cometido," afirmam.

São 916 presos, sendo 611 homens no Centro de Detenção Provisória II e 305 mulheres na Penitenciária Feminina. Bolsonaro criticou a declaração do ministro da Justiça, Flávio Dino, segundo a qual as pessoas que participaram das manifestações são “muito perigosas”.

Ele lembrou da transferência de Marcola, líder do PCC, para Brasília. “Trouxeram o Marcola agora para o convívio da sociedade”, lembrou Bolsonaro. “Esse não tem perigo nenhum, mas essas pessoas que estão presas, 900 aproximadamente, são perigosas.”

A aproximação do governo petista com ditaduras latino americanas e de outros países também gerou críticas de Bolsonaro. Para ele, a política externa brasileira deve “buscar países que podem oferecer alguma coisa”, como ele fez ao se aproximar de países com políticas econômicas liberais.

O Brasil também iniicou o processo de entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com apoio dos Estados Unidos, mas o novo governo petista já está desfazendo todas as providências que tinham sido adotadas.

“Quem está no governo atualmente, infelizmente, tem se aproximado de ditaduras na América do Sul e fora também. Agora, vai fazer uma turnê pela África. Devemos sempre buscar, não desprezando os mais humildes, mas buscar países que podem nos oferecer alguma coisa.”

“Apesar de se ter aversão ao que está na política atualmente lá no Executivo, eu não vou trabalhar contra o meu país”, disse Bolsonaro, sendo ovacionado pelo público que lotava o evento. Com Oeste

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