Anistia critica 'genocídio' negro na Bahia

A diretora da Anistia Internacional Brasil afirmou nesta terça que a Bahia, governada pelo PT há 16 anos, é o campeão do Nordeste em mortes de jovens negros pela polícia. Jurema Werneck diz que a situação é gravíssima, ao participar de um ato em Tucano.

Depois ela se reuniu com sete promotores do Ministério Público da Bahia e secretários do Governo da Bahia. Durante duas horas ela relatou a vergonhosa situação baiana e contou casos como o de Davi Fiúza, que sumiu depois de levado por policiais em 2014 e Pedro Henrique, assassinado em 2018, em casa, pela PM.

A polícia Civil apontou três policiais militares como os autores do homicídio. O caso de Pedro Henrique está no MP há dois anos mas parado. A cada quatro horas, uma pessoa negra é morta pela polícia em seis estados, entre eles a Bahia, segundo dados da Rede de Observatórios da Segurança.

A Anistia Internacional veio cobrar mudanças urgentes e efetivas nas abordagens policiais violentas na Bahia, além de solução para a morte de indígenas no estado. “Desde 2014, a Anistia Internacional desenvolve uma campanha pedindo o fim dessas mortes de jovens negros em todo o país” diz Jurema.

“A gente não vai parar, enquanto as respostas não chegarem. Até que a justiça e a reparação sejam feitas”, completa. Ela ouviu do MP que o órgão está fazendo uma norma interna para definir qual a atenção que deve dar às vítimas e aos parentes. Ou seja, nada de concreto.

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sao pedro