Para Deltan, STF impede investigações

O ex-procurador e coordenador da operação, Deltan Dallagnol afirmou que houve um desmonte na Lava Jato nos últimos meses, vindo do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso. “Não só desmontaram as condenações, mas estão retirando do Ministério Público e do Judiciário os instrumentos de trabalho".

"Eles acabaram com a delação premiada, com a prisão preventiva, por meio de mudanças no Congresso. O Supremo acabou com a prisão em segunda instância e chegamos a um ponto em que não é mais possível a gente trabalhar contra a corrupção de dentro do MP e do Judiciário”, disse.

Segundo Dallagnol, com algumas exceções, os ministros do STF “não só está garantindo a impunidade dos corruptos, mas o sistema está buscando vingança em cima de quem combateu a corrupção e isso está claro. Chegamos a um ponto em que não é mais possível a gente trabalhar contra a corrupção de dentro do MP".

Na disputa por uma das vagas de deputado federal pelo Paraná, Dallagnol analisou o caso Daniel Silveira para exemplificar o quão político vêm sendo os julgamentos do STF. Segundo ele, o deputado errou e “abusou falando coisas que não deveria”, mas a Constituição o protege.

“Não existe no Brasil previsão de punição criminal em razão de palavras emitidas por parlamentares. Se outra pessoa tivesse falado o que ele falou, cometeria crime, mas ele não”, disse.

O ex-procurador também lembrou que os condenados do mensalão, “que desviaram R$ 100 milhões, foram punidos em pouco mais de sete anos de prisão” e Daniel Silveira recebeu pena de mais de oito anos de prisão pelo que falou. A entrevista foi concedida ao Jornal de Brasília. Com Diário do Poder.

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