Fux diz que corrupção do PT foi real
As decisões judiciais que anularam processos da Operação Lava Jato foram tomadas por “questões formais” de condução jurídica, "mas a corrupção existiu", afirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, durante evento em homenagem aos 75 anos do Tribunal de Contas do Pará.
Em seu discurso, ele disse que “ninguém pode esquecer" que houve corrupção no Brasil. “Tive a oportunidade, nesses 10 anos do Supremo Tribunal Federal, de julgar casos referentes à corrupção que ocorreu no Brasil. Ninguém pode esquecer o que ocorreu no Brasil, no Mensalão, na Lava Jato”, afirmou.
“Muito embora tenha havido uma anulação formal, aqueles R$ 50 milhões das malas eram verdadeiros. Não eram notas americanas falsificadas. O gerente que trabalhava na Petrobras devolveu 98 milhões de dólares e confessou, efetivamente, a corrupção”.
O ministro se referiu aos milhões relacionados ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, ex-presidiário que indicou o novo chefe de gestão dos presídios na Bahia, em conluio com o governador Rui Costa, em troca de apoiar seu candidato ao governo. E ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.
Fux também destacou que a corrupção tira dinheiro de escolas e da saúde e defendeu a importância dos tribunais de contas no Estado Democrático de Direito.
“O Tribunal de Contas como uma instituição essencial ao Estado de Direito, como o nosso. Em um país em que não há um tribunal de contas, cria-se uma tempestade perfeita entre os gastos públicos e a ausência de controle, ausência de transparência. Essa tempestade perfeita tem um nome, chama-se corrupção”, disse Fux.
“Às vezes falta uma percepção importantíssima. Por que cada ato de corrupção é um colégio que fica sem merenda para as crianças. Cada ato de corrupção é um hospital sem leito. Cada ato de corrupção é um lugar onde não há saneamento. E onde não há saneamento, não há saúde”, finalizou. Com Diário do Poder.
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