Câmara aprova empréstimo em dólares
A Câmara de Itabuna fez a primeira votação, nesta quarta-feira, da autorização para a Prefeitura tomar um empréstimo de US$ 30 milhões junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento dos Países da Bacia do Prata. Se aprovado também pelo Ministério da Economia e Senado, o recurso será liberado aos poucos.
Segundo a Prefeitura, o empréstimo será concedido aos poucos, até 2030. No caso, o Executivo busca uma quantia para obra específica, como pavimentação em bairros, esgotamento sanitário, requalificação do trânsito, revitalização do Rio Cachoeira, entre outras, e recebe só esta parte.
O presidente da Câmara, Erasmo Ávila, diz que “temos uma Câmara ordeira e participativa; demos o primeiro passo para modernização, crescimento, retomada da economia, para que Itabuna volte a ser uma cidade pujante. Estamos possibilitando a busca de uma verba que mudará a vida das pessoas”.
O relator Sivaldo Reis chamou a atenção para o quanto a Casa dedicou-se a entender a matéria. “É para o desenvolvimento da nossa cidade, um crédito que vários municípios buscaram, como Camaçari, Salvador, Feira de Santana. Respeito as diferentes opiniões, mas sou favorável a essa autorização”.
Na mesma linha, o vereador Ronaldão reitera a necessidade de a cidade buscar recursos para desenvolvimento. “O cacau desapareceu e as grandes empresas foram embora; hoje só tem o IPTU para construir, mas não dá para trazer emprego ao jovem. Então, a maneira de resgatar o desenvolvimento é através desse empréstimo”.
Ex-presidente da Casa, o vereador Ricardo Xavier citou o tempo perdido com polarização política e a urgência de tomar providências. “Essa nova geração de políticos precisa quebrar esses polos, enxergar a possibilidade desses R$ 150 milhões para o crescimento e desenvolvimento econômico”.
Contrários ao projeto, Dando Leone, Danilo Freitas e Fabrício Pancadinha pontuaram sobre a ausência de uma auditoria especializada por parte do Executivo, sobre o prazo para pagamento e a taxa de juros (2,5% ao ano). Segundo eles, não se sentiram seguros o suficiente para votar “sim”.
Ávila ressalta que a etapa seguinte do crédito só é liberada após o cumprimento da obra anterior. "É neste ponto, inclusive, que será crucial o papel do Legislativo. Afinal, uma das principais atribuições do vereador é fiscalizar o que a prefeitura realiza".
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