Mineração baiana se destaca no ano

A mineração baiana vem se destacando no cenário nacional e, na contramão da queda do faturamento brasileiro, registrou um crescimento de 8% em relação ao ano passado. Os dados são do Instituto Brasileiro de Mineração e mostram um faturamento de R$ 2,2 bilhões noi primeiro trimestre.

Já o faturamento nacional teve uma queda de 20%. O estado, que ocupa a terceira posição no país em faturamento com minerais, teve ganhos graças à produção de cobre, ouro, níquel e ferro que, juntos, são mais de 70% de todo o valor arrecadado. O cenário atrai investimentos.

A Largo, produtora de vanádio em Maracás, deve investir na Bahia, até 2032, cerca de U$$ 590 milhões. Grande parte vai para a construção de uma fábrica de pigmentos de titânio no Pólo Industrial de Camaçari, que aproveitará os resíduos de sua mina.

A outra parte será utilizada na expansão da produção de vanádio, que passará de 12 mil toneladas por ano para 15.900 toneladas anuais a partir de 2030. Outro destaque é a Ero Brasil, produtora de cobre em Jaguarari, Juazeiro e Curaça, que investirá US$ 94,5 milhões para expansão da capacidade.

Dos mais de R$ 54 milhões arrecadados de CFEM na Bahia, mais de R$ 19 milhões vieram do cobre, R$ 10 milhões do ouro, R$ 5 milhões do níquel e mais R$ 3 milhões do ferro. O cenário é diferente do que aconteceu com a mineração brasileira de forma geral.

No país, estima-se que a produção em toneladas caiu 13% e o faturamento baixou 20%. Alguns fatores contribuíram para este resultado, como as medidas de isolamento decretadas pela China pela pandemia de Covid e a queda na produção de ferro, entre outros.

“Quando a China promove alguma mudança na condução de suas políticas, a indústria mineral brasileira fica à mercê. Precisamos refletir se esta dependência não está em níveis excessivos”, avaliou Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, na apresentação dos dados setoriais.

A previsão de investimentos no setor mineral também é motivo de comemoração. Conforme dados do IBRAM, dos mais de U$$ 40 bilhões estimados para o período de 2022 a 2026, em todo o país no setor mineral, aproximadamente U$$ 6 bilhões serão na Bahia.

A previsão é de que 15% do que será investido na mineração do país, nos próximos quatro anos, sejam no estado, que ocupa a segunda colocação em investimentos. O primeiro é Minas Gerais, que concentrará 27% dos aportes, boa parte destinada a solucionar problemas relacionados com as barragens.

19:08  |  


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