Brasil tem 3ª pior perda na educação
Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que o Brasil está entre os países onde alunos que enfrentaram escolas fechadas durante a pandemia terão as maiores perdas de rendimento ao longo da vida. A equipe calcula que os ganhos médios serão 9,1% menores nas próximas décadas.
O prognóstico coloca o país como o terceiro pior entre os países do G20, atrás apenas da Indonésia (perda de 9,7%) e México (9,9%). Segundo o estudo, o aprendizado incompleto com as escolas fechadas pelos governadores, se não for remediado, pode diminuir o rendimento médio dessa geração.
O documento destaca que o impacto da pandemia na educação é algo sem precedentes e que os efeitos na economia, na desigualdade e na renda da população poderão ser sentidos por muito tempo. Só em 2020 e 2021, as interrupções nas escolas afetaram 1,6 bilhão de alunos em todo o mundo.
O FMI aponta que as perdas de aprendizado foram piores nos países emergentes, com consequências ainda mais graves paras os pobres. “Se não for abordado, o consequente impacto no capital humano reduzirá os níveis de qualificação e a produção agregada nas próximas décadas, com maior desigualdade”.
O relatório observa que o fechamento de escolas já produziu efeitos mensuráveis nos estudantes. Segundo o FMI, várias economias do G20 relataram queda de resultado em testes de desempenho, sem falar na diminuição considerável de matrículas em todos os níveis de ensino e os riscos de evasão.
Projeções demográficas indicam que a geração de estudantes afetados representará até 40% da população em idade ativa nas economias do G20 nas próximas décadas. Com menor qualificação, a perspectiva é de que a renda média também seja inferior, a menos que o dano seja mitigado por ações públicas.
A diminuição dos níveis de qualificação, por exemplo, pode inflar o mercado de trabalho informal. E com as famílias mais pobres sofrendo as maiores perdas de aprendizado, a desigualdade tende a aumentar.
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