De Itabuna para sucesso no Indoor Soccer
O Itabunense Rian Marques faz sucesso no Indoor Soccer nos EUA e é campeão da temporada com o Kansas City Comets. Aos 27 anos, o atleta, nascido e criado em Itabuna (BA) vive seu melhor momento na carreira no Indoor Soccer, modalidade de futebol adaptado para ser jogado em quadra coberta.
Rian, que atua desde 2020 na equipe, se sagrou campeão da divisão Central com quatro rodadas de antecedência, garantindo vaga nos playoffs (quartas de final). Ele contou ao Jornal A Região como está sendo a reação dos torcedores na cidade e a importância da conquista.
“Esse título significa muito para mim. Eu tenho grandes objetivos para a minha carreira nesse esporte e conseguir ajudar minha equipe a ganhar o título da divisão com quatro rodadas de antecedência é um passo enorme. Os torcedores de Kansas City estão bastante animados com o time por trazer um título que não vinha desde 2017”.
O Indoor Soccer ainda não é tão conhecido no Brasil. Mas nos Estados Unidos é bem popular e vem crescendo. Os Comets, equipe do brasileiro, atuam na MASL (Major Arena Soccer League), a principal liga do país. Rian relata como foi o processo para deixar os gramados para se firmar na quadra.
“Desde pequeno, eu sempre joguei bastante futsal e, depois que vim aos Estados Unidos, sempre tive vontade de voltar ao esporte. Após o final da carreira universitária no futebol, joguei em alguns times semi-profissionais, mas não recebi nenhuma proposta atraente."
"Foi quando eu recebi um convite do Kansas City Comets para treinar com o time e, após alguns treinos, assinei contrato com o clube”. Rian explica algumas diferenças entre o futebol e o Indoor Soccer. “O indoor é um pouco parecido com o futsal e tem aspectos do jogo que são bem diferentes".
"É o caso da intensidade e o ritmo de jogo, que são extremamente altos por conta das paredes que impedem a saída da bola.” Mesmo morando fora do Brasil há alguns anos, Rian não deixa de exaltar suas raízes sempre que pode.
Em dezembro, após marcar um gol, fez questão de tirar a camisa e deixar uma mensagem de força para sua terra natal, que na época sofreu a segunda maior enchente de sua história, com muitos danos e milhares de desabrigados. "Itabuna sempre está no meu coração".
O brasileiro ainda lembra das dificuldades de adaptação nos EUA. “Foi um processo bem difícil no começo. Eu não conhecia ninguém que tinha feito intercâmbio esportivo, não sabia falar inglês e financeiramente parecia inviável. Mas com muito esforço e com as bênçãos de Deus, eu e a minha família conseguimos".
"Depois de quase um ano de preparação eu embarquei para os Estados Unidos para estudar e jogar o futebol universitário.” Quem o acompanha nas redes sociais, vê sempre o centroavante fazendo alusões ao número 26, número de camisa. Ele relata a história por trás disso.
“Em novembro de 2020, antes de eu me apresentar ao Comets, um dos meus melhores amigos (Luiz Neto) veio a falecer em um acidente de carro, aos 26 anos. Ele era como um irmão para mim. Desde então eu decidi usar a camisa de número 26 em sua homenagem".
"Quando se animava com qualquer coisa, Neto sempre tinha uma reação de esfregar as mãos. Por isso eu sempre esfrego minhas mãos antes de começar o jogo e depois que faço um gol, também em homenagem a ele,” conta Rian.
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