Exportação baiana sobe 27% em abril
As exportações baianas somaram US$ 840,5 milhões em abril, 55,5% maior que o mesmo mês em 2020. O avanço em relação a março, que registrou saldo de US$ 657,8 milhões, foi de 27%. A alta em abril reflete a recuperação do comércio internacional e a intensa demanda chinesa e asiática por commodities.
Isso ocorre sobretudo com a soja, que voltou a encher os portos após o atraso na colheita, e dos derivados de petróleo, cujos preços médios tiveram aumento significativo. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
As importações subiram para US$ 727,8 milhões no mês, 91,4% mais que em abril de 2020. As compras externas foram puxadas principalmente por combustíveis e pela recomposição de insumos que sofreram desabastecimento no mercado externo e interno.
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) aumentaram 34,2% no mês passado e responderam por 26% das vendas do estado ao exterior. Os fortes embarques do grão, em março e abril, ocorreram após um atraso da safra recorde, que reduziu a exportação no início da temporada.
As projeções para as exportações de soja são as melhores possíveis para a atual safra, considerando o valor baixo dos estoques globais, o aumento da produção na Bahia e a forte demanda asiática, sobretudo da China. O mercado chinês representou quase 57% das vendas neste ano, com crescimento de 18,6% sobre 2020.
Já o valor das exportações de derivados de petróleo teve alta de 433,5% sobre abril do ano passado, impactado por uma alta dos preços, que se elevou em média 113,1% comparado a 2020. Novamente o mercado asiático (Cingapura) respondeu por mais de 90% das compras.
No acumulado até abril, as exportações baianas cresceram 7,5%, influenciadas muito mais pela alta dos preços médios (33,4%), com destaque para soja, derivados de petróleo, produtos metalúrgicos e minerais. Os volumes avançaram muito menos em alguns segmentos e chegaram a registrar baixa (-19,4%).
Os países asiáticos lideram os mercados de destino com 50% de participação de vendas até abril. Mas outros parceiros importantes, como Estados Unidos (+17,4%), Argentina (+15,4%) e União Europeia (+6,5%), também vivem em um contexto de recuperação econômica, resultando numa demanda crescente de diversos produtos.
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