Polícia é proibida de combater chacinas
A Polícia Civil não vai fazer nenhuma operação para prender os bandidos que promoveram uma chacina na favela da Pavuna, no Rio de Janeiro. O atraque matou Rayanne Lopes, de apenas 10 anos e chocou os moradores. Apesar disso, a polícia está proibida, pelo ministro do STF Edson Fachin, de combater o crime no local.
“Qualquer ação policial na localidade para a prisão dos responsáveis por mais esse crime bárbaro necessitará de forte aparato operacional, com emprego de blindados e helicópteros para resguardar a integridade física dos policiais responsáveis pelas investigação".
"Isto não poderá ser realizado no momento, diante de decisões judiciais que restringem as operações policiais e o sobrevoo da nossa aeronave em comunidades num raio de dois quilômetros de distância de escolas e creches, ainda que fechadas, e hospitais”, diz nota da Polícia Civil.
“As lideranças narcoterroristas que participaram desse covarde ataque estão sendo identificadas e serão responsabilizadas criminalmente”, termina a nota. O ataque, no Complexo do Chapadão, na Pavuna, foi anunciado pelos traficantes nas redes sociais. "Vamos invadir a favela Az de Ouro" (em Anchieta), anunciaram.
A chacina deixou cinco pessoas mortas na madrugada do último domingo, incluindo a menina. O ataque faz parte da disputa por território entre duas facções criminosas que vem desde 2017. A polícia trabalha com a hipótese de que o alvo do ataque era um traficante que estaria na festa, invadida por quatro bandidos com fuzis.
Eles chegaram em um Fiat Siena preto, desceram e começaram a atirar em quem estava na festa junina, que acontecia no condomínio Jamaica. Rayanne chegou a ser socorrida na UPA, mas não resistiu. Seu pai, também atingido, foi transferido para o hospital municipal Souza Aguiar e operado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, proibiu operações policiais em "comunidades" do Rio de Janeiro durante a pandemia de Covid-19. Na decisão de 5 de junho, ele diz que as operações só poodem acontecer em ‘hipóteses absolutamente excepcionais, que devem ser devidamente justificadas por escrito pela autoridade’.
As Polícias Civil e Militar dizem que a decisão causa insegurança na parte jurídica, já que não foram citadas quais situações são consideradas "excepcionais". Com informações do Terça Livre.
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