Produtores querem inspeção do cacau

Os cacauicultores do sul da Bahia estão preocupados com a importação de 13 mil toneladas de cacau vindo da Costa do Marfim. A carga chegou pelo Porto do Malhado, em Ilhéus, e o problema é que o local não tem controle de pragas e doenças para carregamentos do produto.

O desembarque do cargueiro Jade, de bandeira Panamenha, aconteceu no dia 29 de dezembro. A carga foi distribuída para as moageiras que ficam no parque industrial de Ilhéus. Foram 7.000 mil toneladas para a Barry Callebaut, 4.750 para a Cargill e 2.250 para a Ofi ou Olam.

Mesmo sem notícias de pragas em cargas de cacau importado, é impossível saber se existem sem que seja feito um controle sanitário na chegada. O próximo carregamento chega em março, trazendo cerca de 10 mil toneladas e também não passará por nenhuma inspeção.

A presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cacau, Vanuza Barroso, afirma que as condições da importação trazem riscos para a saúde coletiva. Ela deu como exemplo a entrada de insetos vivos em Ilhéus, em 2012, dentro de uma carga vinda da Costa do Marfim.

“Houve processo instaurado pelos Ministérios Públicos estadual e federal e as importações ficaram suspensas durante seis anos”, lembrou. Porém, as importações continuam sem controle sanitário. O cacau importado pode trazer pragas da África que ainda são desconhecidas no Brasil, onde não teriam como ser combatidas.

Sem fornecer nenhum dado ou detalhe, Vanuza diz que as pragas da África são muito mais sérias que a Vassoura de Bruxa e a Monilíase. Os produtores de cacau querem que o Governo Federal revogue a instrução do Ministério da Agricultura que permite a importação de amêndoas sem a aplicação do Brometo de Metila.

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