Discurso de ódio prevê tempos ruins

É possível listar dezenas de pontos assustadores no discurso de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo, 1°, no Congresso Nacional. E um fato é incontestável: o petista foi claro, sem rodeios nem maquiagem, ao mostrar que sua eleição é mesmo um novo projeto da esquerda de se perpetuar no poder.

O discurso foi lido e a íntegra está disponível na internet, outra prova de que tudo foi pensado e não está escondido. Aos arrependidos, agora é tarde. Lula afirmou que vai tentar punir seu antecessor, Jair Bolsonaro, pela condução da pandemia.

Vai desarmar a população, não vai respeitar o teto de gastos públicos - ou seja, vai fazer o que quiser com o dinheiro do pagador de impostos, combater seus críticos na imprensa - leia-se: censurar o que a esquerda não quer ver, e despejar dinheiro numa central de monitoramento das redes sociais e de canais de notícias oficiais - como acontece na Venezuela, Bolívia e em Cuba.

Os trechos preocupam qualquer pessoa que defende nossa democracia e a liberdade, incluindo o direito a se defender. “Estamos revogando os criminosos decretos de ampliação do acesso a armas e munições, que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras,” afirmou, mostrando que pretende perseguir.

“As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes. É urgente criarmos instâncias democráticas de acesso à informação confiável e de responsabilização dos meios pelos quais o veneno do ódio e da mentira são inoculados.” Ou seja, o controle da midia, explícito.

O discurso também assutou o mercado financeiro com frases como “uma estupidez chamada Teto de Gastos, que haveremos de revogar.” O resultado será inflação sem controle, segundo os economistas.

“Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal. O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia,” ameaçou, invertendo os valores da própria democracia.

A fala foi redigida a dedo para agradar o consórcio da velha imprensa, que não esconde a euforia na TV, nos portais de notícias e em análises de articulistas eufóricos. É possível encontrar menções que vão do fascismo imaginário ao desmatamento na Amazônia, da perseguição aos povos indígenas ao apocalipse climático, do desprezo ao agronegócio à “transição energética ecológica”.

Em alguns momentos, o discurso lembrou o que fez em janeiro de 2003. De novo, disse que herda um país economicamente em frangalhos, o que não encontra amparo na matemática; afirmou que a fome está em todos os cantos - 33 milhões de pessoas num universo de 100 milhões de pobres, segundo ele.

E, num dado momento, pareceu falar do seu próprio passado: “Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados”. Um trecho perigoso da fala passou quase despercebido.

“Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo”. A esta altura, muita gente já entendeu o recado. Com trechos de matéria da Revista Oeste.

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