Dino diz que famílias são terroristas
Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e atual ministro da Justiça do presidente eleito, usou seu discurso de posse para ameaçar a oposição. Ele classificou os protestos de “atos terroristas e crimes contra o Estado Democrático de Direito”, chamando ainda de “crimes políticos gravíssimos”.
A ameaça contrasta com a postura do novo Minsitro da Defesa, José Mucio. “Aquelas manifestações no acampamento, e eu digo com muita autoridade porque tenho familiares e amigos lá, são uma manifestação da democracia”, afirmou ao tomar posse.
A ameaça de Flávio Dino preocupa a população, que teve uma repressão como a exercida pelas ditaduras da Nicarágua e da Venezuela, membros do Foro de São Paulo do qual o PT faz parte. Dino ordenou à Polícia Federal que investigue e indicie as famílias acampadas por “atos hostis contra os Poderes”.
“Em segundo lugar, fazer essa apuração é muito importante na dimensão preventiva, para que não tenha a compreensão errada de que, em razão da subida da rampa, tudo foi esquecido. Não pode ser, porque seria omissão criminosa da atual equipe governamental”, concluiu, tratando manifestações pacíficas como crime.
Dino não é a única preocupação dos brasileiros. As primeiras decisões do presidente "eleito" são um claro retrocesso, derrubando a Bolsa de Valores e fazendo o dólar subir, reagindo ao cancelamento da privatização de estatais que foram saqueadas no governo anterior do PT, como Petrobras e Correios.
Também têm reflexos na economia o ataque contra o Teto de Gastos, que impede um governo de gastar mais do que arrecada, a revogação da redução de impostos e da reforma trabalhista, entre outros planos do PT. O "conjunto da obra" já fez a Petrobrás perder 6,5% do valor, ou R$ 200 bilhões, e o Banco do Brasil, 4,2%.
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