Depois de mortes, Estado resolve agir
Depois de anos de conflito entre índios e produtores rurais no extremo-sul sem que o Governo do Estado tenha dado importância para o assunto, ele finalmente se mexeu por causa da morte de dois índios nesta terça-feira. Os dois estavam numa moto e foram mortos entre Itabela e Itamaraju.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram Nawir Brito de Jesus, de 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos. As vítimas estavam em uma motocicleta sem placa quando foram atingidas por disparos. Guarnições das polícias Militar e Rodoviária Federal fizeram buscas, mas não encontraram nada.
Nesta quarta, o governador Jerônimo Souza convocou uma reunião com secretários para alinhar as ações do Estado na investigação do duplo homicídio. Ele também discutiu as providências a ser adotadas para o controle dos conflitos na região. Por enquando, o policiamento foi reforçado.
De acordo com o secretário de Segurança Marcelo Werner, os conflitos já vêm acontecendo na região há algum tempo e o governo estadual já fazia ações de mediação e segurança. No cargo há apenas duas semanas, sau alegação conflita com a sensação geral de que não existe atuação do governo naquela área.
Essa ausência se confirma com sua declaração de que "equipes da Polícia Civil se deslocaram até o local para realizar diligências em busca dos autores do delito. O policiamento também foi reforçado através da Polícia Militar que já reforçou as equipes da força-tarefa naquela região". Ou seja, não atuavam antes.
A superintendente de Políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó, também nomeada há duas semanas, diz que “estamos à frente, desde o ano passado, com a criação da força-tarefa. E agora estamos traçando planos para gerir esse conflito que vem acontecendo no extremo sul da Bahia”.
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