BC rebate fala ignorante de petista
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na quinta-feiraque a redução e o corte de impostos, em especial sobre combustíveis e energia elétrica, que ocorreram ao longo do ano passado foram determinantes para a deflação dos últimos meses.
“A inflação estaria em 9%, e não em 5,8%, se não fosse essa redução de impostos”, respondeu, em palestra na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Em junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto limitando a cobrança do ICMS de combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
O texto limitou a cobrança dos impostos sobre produtos e serviços essenciais à alíquota mínima de cada Estado, que varia entre 17% e 18%. Com a entrada do novo governo, os estados começaram a aumentar de novo o ICMS, a exemplo da Bahia, com Rui Costa (PT) tornando isso seu último ato no cargo.
Ele aumentou o imposto sobre a energia elétrica de novo, de 18% para 27%, assim como o da telefonia, da internet, do transporte e dos combustíveis. O retrocesso deve se refletir na inflação dos próximos meses e no preço dos alimentos, que dependem de transporte terrestre e de energia.
O presidente do BC lembrou que mesmo as autoridades monetárias de países desenvolvidos estão subindo mais os juros, para conter o movimento inflacionário global. “Não ajudaria em nada cortar juro de curto prazo, porque os investimentos usam taxas de longo prazo”.
Na quarta-feira, o governante Luiz Inácio Silva (PT) criticou a manutenção da taxa de juros nos níveis atuais, enquanto a inflação está abaixo de 6%. “Qual é a explicação de a gente ter um juro de 13,5%? A inflação está em 6,5%, 7,5%. Por que os juros estão em 13,5%?”.
O petista também atacou a autonomia do Banco Central, dizendo que "é uma bobagem”. Pacientemente, Roberto Campos Neto, que tem mandato até 2024, explicou que, sem a autonomia, haveria mais incerteza e a economia estaria pior, considerando o cenário político-eleitoral do país.
“Quando você pensa no que está acontecendo no Brasil e quão difícil foi o processo da eleição no Brasil, acho que o mercado estaria bem mais volátil se o Banco Central não tivesse a autonomia na lei. Seria outro elemento de incerteza”, disse no seminário de uma universidade americana. Com Oeste
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.