Após Telegram, Rumble ignora Moraes

Primeiro foi o Telegram que se negou a acatar ordem do ministro Alexandre de Moraes, porque era flagrantemente ilegal e sem fundamentação jurídica, para suspender o canal do deputado federal Nikolas Ferreira. A empresa foi multada, mas o ministro voltou atrás e liberou todas as redes dele.

Agora foi a vez do Rumble, serviço de videos que vem crescendo com a adesão de influenciadores suspensos ou desmonetizados pelo YouTube. Ele ignorou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou o bloqueio do canal de Bruno Aiub, o Monark.

O influenciador continua a fazer lives na rede social. Em uma das recentes transmissões, por exemplo, Monark criticou Moraes. “O Estado falou que é ilegal eu existir”, afirmou, em conversa com o empresário Ícaro de Carvalho. O Monark Talks de 17 de janeiro tem mais de 100 mil visualizações.

Nele, Carvalho fez diversas perguntas sobre o pedido de bloqueio. “Não foi por que você falou que gostava dos caras que estavam nos quartéis?” interpelou o convidado, referindo-se aos manifestantes que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

“Pode ser”, respondeu Monark, acrescentando que não teve acesso aos autos. “Como vou saber? Você não sabe qual juiz, qual advogado, qual promotor, você não sabe por qual crime está sendo acusado, em qual foro vai apresentar uma petição. Só o Xandão sabe.”

Ele também criticou a decisão de afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). “Dentro de uma ditadura, que é o que a gente vive hoje em dia, o poder dos burocratas, que estão no topo da hierarquia da ditadura, é ilimitado. Eles podem fazer o que quiser. O cara [Moraes] tirou um governador do poder.”

Esta resistência a ordens ilegais vindas de um ministro que ignora a Constituição e o arcabouço legal brasileiro deve se espalhar para outras redes, incomodadas como papel de censor num pais onde a Carta Magna proíbe a censura. A própria Constituição libera de pena quem se recusa a cumprir ordens ilegais. Com Oeste

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