Senadores se rebelam contra Judiciário
O senador Lasier Martins cobrou do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, providências imediatas da Casa em defesa das prerrogativas constitucionais dos deputados federais, violadas com uma cassação, na segunda, de suas contas em redes sociais, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Acompanhado de deputados e senadores, Lasier exigiu de Pacheco que o plenário examine com urgência seu Projeto de Decreto Legislativo 371/22, para sustar os “intermináveis efeitos” da Resolução 23.714/22, do Tribunal Superior Eleitoral, com a qual Moraes tem censurado parlamentares, empresários, influenciadores e jornalistas.
“Estamos vivendo um momento inusitado, jamais visto, com um grupo de parlamentares eleitos sendo cassados no direito de expressar opiniões. O presidente do Senado precisa se sensibilizar e pautar o pedido de urgência do senador Carlos Portinho para se votar meu PDL. Não podemos seguir indiferentes à absurda perseguição".
São os seguintes os deputados com as liberdades limitadas pelo TSE: Daniel Silveira (PL-RJ), Otoni de Paula (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP), Major Vitor Hugo (PL-GO), José Medeiros (PL-MT), Bia Kicis (PL-DF), Junio Amaral (PL-MG), deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zé Trovão (PL-SC), estaduais eleitos Cabo Gilberto e Gustavo Gayer.
A omissão de Pacheco levou ao lançamento da candidatura de Rogério Marinho (PL-RN, na foto) à presidência do Senado, nesta quarta-feira, estimulada pela percepção, cada vez mais generalizada entre parlamentares de vários partidos, de que é preciso dar um basta à ingerência e às decisões para muitos abusivas do STF e de Alexandre de Moraes.
Também é crescente o entendimento de que falta a Rodrigo Pacheco, bajulador emérito do STF, condição mínima para acionar esse freio. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Também enfraquece Pacheco a fama de aliado inconfiável, como demonstrou no governo Michel Temer e no atual, de Jair Bolsonaro.
Na CCJ da Câmara, Pacheco facilitou a tentativa de cassar Temer. Eleito presidente do Senado com apoio de Bolsonaro, virou-lhe as costas. Ex-deputado e ex-ministro, Rogério Marinho tem reputação de cumpridor de acordos, como quando liderou a negociações da Reforma Trabalhista, e capaz de manter diálogo com a oposição.
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