Prefeitos ameaçam processar a Chesf
Depois da redução das chuvas e a previsão de tempo mais estável, a Chesf começou a reduzir a vazão da Usina da Pedra, retornando de 2.400 metros cúbicos por segundo para 1.800. No final de semana, o reservatório chegou a mais de 90% de volume e teve que ter parte da água liberada de uma vez.
O enorme volume jogado nos rios provocou o alagamento de boa parte de Jequié, Ipiaú e Ubaitaba, gerando críticas dos moradores. O prefeito de Itacaré, Antônio Damasceno, afirmou que os municípios prejudicados pela enchente do Rio de Contas vão mover ação contra a Chesf na Justiça Federal.
O prefeito acusa a empresa de não ter um plano de ação para orientar e ajudar as prefeituras afetadas pelo aumento da vazão da barragem. Antônio diz que a as águas chegaram de forma imediata, pegando todos de surpresa. "É uma grande irresponsabilidade da Chesf", afirma o prefeito de Itacaré.
Ele explica que o Consórcio do Território Litoral Sul vai entrar com uma ação judicial e lembra que há anos os prefeitos pedem uma reunião com a Chesf e são ignorados. "Eles soltam a água na hora que acham que tem que liberar, sem preparar os municípios para receber esse volume”, critica.
O prefeito considera que a Chesf poderia antecipar aos municípios a necessidade de maior vazão, para que a população pudesse sair das áreas que seriam afetadas em segurança. A Prefeitura também teria tempo para arranjar abrigo, comida, água e colchões para os desalojados, por exemplo.
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