Pesquisa revela o bebedor de cerveja

Os criadores do podcast Surra de Lúpulo, Ludmyla Almeida (@IPAcondriaca) e Leandro Bulkool, promovem desde 2020 a pesquisa Retrato dos Consumidores de Cervejas. A 3ª edição, que acaba de ser divulgada, recebeu 4.388 respostas, mais do que o dobro das 2.023 do ano anterior, de todos os estados.

A pesquisa aconteceu durante o mês de agosto e contou com dois questionários, um para as pessoas que bebem exclusivamente cervejas populares (como Brahma e Heineken) e outro para quem também bebe as artesanais, abordando temas como perfil demográfico, ocasiões de consumo, local de compra e gasto mensal.

No geral, entre as pessoas que bebem tanto cervejas comuns quanto artesanais, a pesquisa aponta que a decisão de compra é principalmente motivada pelo estilo, seguido pela relação custo-benefício, preço e por indicações de amigos. Isso combina com o gasto deste grupo.

35,75% afirmam ter um custo mensal entre R$ 201 e R$ 400. Já entre os que só consomem cervejas comuns, 29,82% disseram gastar até R$ 100 por mês. A pesquisa confirma que a cerveja é conhecida por ser uma bebida social. O maior percentual de consumo é entre amigos, independentemente do sexo, chegando a 85%.

Os homens tendem a tomar mais cerveja sozinhos (61%) do que as mulheres (50%). Sobre a ocasião de consumo, quanto mais "especial", mais pessoas optam por beber cerveja artesanal, assim como em aniversários e jantares românticos. Porém, em eventos esportivos, shows, boates e churrascos, a opção mais marcada foi “tanto faz”.

Para a compra, os locais preferidos são bares ou lojas especializadas, depois supermercados. Os 'brewpubs' e fábricas aparecem como terceira opção. Aqui há uma inversão com relação à pesquisa de 2021, onde os supermercados apareciam em primeiro lugar, seguidos dos bares e lojas. Os brewpubs seguiam em terceiro.

Ludmyla Almeida diz que a pesquisa procurou mapear os gargalos para ampliar a base de consumo das artesanais. “O principal motivo apontado para o não consumo de artesanais é a falta de informação sobre o produto (39,72%), e não o preço (24,82%)".

"58,13% dos consumidores têm entre 36 e 55 anos e o alto nível de escolaridade deste consumidor (68,01% têm superior completo, sendo que 31,69% dessas pessoas também são pós-graduadas) explica a preferência”, diz Ludmyla, que produz conteúdo digital focado em cerveja no perfil do Instagram @IPAcondrica.

Já Leandro Bulkool ressalta a importância de analisar os dados, mas debatê-los em busca de uma função prática para o crescimento do mercado. “Os dados mostram que temos avanços consideráveis, porém a cerveja artesanal ainda constitui um universo majoritariamente masculino (73,56%), branco (77,98%) e cada vez menos jovem".

Além dos dois, a pesquisa teve contou com Lucas Fernandes, mestre em estatística pela UnB e sommelier de cervejas pelo Science of Beer; Guilherme Oliveira, bacharel em sistemas de informação; e Roberto “Bob” Fonseca, jornalista, idealizador e realizador da pesquisa Melhores do Ano na Cerveja por 10 anos. Os resultados podem ser baixados pelo link https://bit.ly/3FiTZsY

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