Mourão diz que há inconformismo

O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão deu uma entrevista, nesta sexta-feira, onde defende que as manifestações dos patriotas nas portas dos quartéis “externam inconformismo com uma eleição cheia de vícios” e aponta que o principal deles foi soltar o então presidiário Lula (PT).

O Supremo Tribunal Federal primeiro mudou o entendimento, decidido pouco menos de dois anos antes, sobre a prisão em segunda instância, com o objetivo claro de impedir que Lula continuasse preso "até que o processo seja julgado na instância final". O segundo passo era torná-lo elegível.

Para isso, o STF decidiu, de forma incompreensível, que um tribunal federal não pode julgar um caso federal. No caso, o de Curitiba não poderia ter julgado os casos de Lula e sim o de Brasília. Por isso, anularam as condenações e mandaram as ações para o estágio inicial.

O STF demorou 5 anos para resolver que o foro estava no lugar errado. Talvez para que Lula atingisse a idade na qual uma condenação nesses processos se tornaria impossível, obrigando o juiz a arquivar, sem julgar se é culpado ou não, porque, caso condenado, não seria punido justamente pela idade (75 anos).

“Lula não poderia ter concorrido”, afirmou Mourão na entrevista, dada ao jornal Gazeta do Sul. “Na minha visão, foi uma manobra jurídica que permitiu que o petista voltasse ao jogo. As manifestações em frente aos quarteis são legítimas, mas tardias".

“Está chegada a hora de as pessoas compreenderem que Lula foi eleito e agora tem que governar. A partir do momento em que aceitamos participar do jogo com esse jogador, que não poderia participar, tudo poderia acontecer, inclusive ele vencer, como venceu.”

Mourão acrescenta que as manifestações deviam ter sido feitas quando o ex-presidiário saiu da cadeia. Para ele, uma intervenção militar agora teria “consequências terríveis”. “É um movimento que não pode acontecer, porque as consequências para essa mesma população que está na rua protestando seriam terríveis”.

Mourão também criticou o plano econômico do ex-presidiário petista. "O futuro governo deseja aumentar o gasto para depois rever a regra fiscal. Puro negacionismo econômico, cujo resultado será aumento da dívida, da inflação e desvalorização do Real, penalizando o povo”.

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