Juiz manda Itabuna tirar baronesas

O juiz Leonardo Albuquerque acatou em parte a ação de uma ONG que pediu a condenação da Prefeitura de Itabuna por "mandar baronesas para as praias de Ilhéus". O grupo diz que o município vem tirando as plantas que se acumulam nos pilares das pontes e jogando de volta ao rio.

Na verdade, as equipes apenas soltam as plantas e o próprio rio as carrega na direção do litoral, da mesma forma como trouxe as baronesas para o centro da cidade vindas da nascente. Na decisão, o juiz lembra que o rio atravessa onze municípios e que a responsabilidade legal é do Governo do Estado.

Tão vítima das baronesas quanto Ilhéus, Itabuna não tem como recolher as plantas para transportar até o aterro sanitário, como deseja a ONG e sugere o juiz. Justamente por isso elas não são retiradas e sim soltas dos pilares. A baronesa tem raízes intrelaçadas, formando um conjunto com centenas de metros.

Por isso é é quase impossível retirá-las do rio. Seria preciso um conjunto de guindastres potentes, além de uma centena de caçambas e mergulhadores para cortar as raízes. Nenhuma cidade que enfrenta este problema possui uma solução, a não ser cortar as que grudam nas pontes para que desçam com as outras.

Um técnico da Prefeitura lembra que, mesmo que consigam retirar as que ficam presas nos pilares, a maior parte das baronesas está no meio do rio e vai continuar descendo rumo a Ilhéus. "Eles deveriam cobrar providências é da Prefeitura de lá, para que limpe as praias", afirma.

O juiz determinou que, na desobstrução das pontes, faça o "devido gerenciamento dos resíduos," sem jogar as plantas de volta ao rio. Também manda o município fazer o "manejo adequado" das plantas que apareçam "nas margens do Rio Cachoeira".

18:15  |  


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