Brasil mantém sete presos políticos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes continua ordenando prisões sem o devido processo legal nem condenação. Desta vez mandou prender, de novo, o jornalista Oswaldo Eustáquio (foto), que passou meses na cadeia e teve problemas de saúde por causa disso.

Também mandou prender Bismark Fugazza, humorista do Canal Hipócritas, por "atos antidemocráticos," crime que não existe nan nossa legislação. A Revista Oeste vem acompanhando a escalada totalitária e constatou que o Brasil já tem sete presos políticos, todos por ordem de Moraes.

Eustáquio e Bismark são acusados de incentivar protestos contra a vitória do presidente "eleito" Luiz Silva nas eleições deste ano. Outro crime inexistennte no arcabouço legal do país. Por "coincidência", a decisão de Moraes foi decretada após os dois denunciarem o ministro na Corte Interamericana dos Direitos Humanos.

Bismark deu entrevista ao canal da Revista Oeste, com relatos importantes. Veja aqui.

Moraes começou sua "caça a propagadores de fake news e atos antidemocráticos” em 2019. Sem que esse crime esteja previsto em lei, sem inquérito, sem direito à defesa, sem acesso das vítimas aos autos, sem julgamento nem conndenação. Desde então, 18 pessoas foram presas por ordem dele.

Hoje, os presos políticos no Brasil são sete: o empresário Milton Baldin, o Cacique Tserere, o pastor Fabiano Oliveira, o vereador de Vitória/ES Armandinho Fontoura, o jornalista, dono da Folha do ES, Jackson Rangel; os deputados estaduais pelo Espírito Santo Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (DC).

Baldin foi o primeiro a ser preso, em 6 de dezembro, quando participava da manifestação pacífica em frente ao quartel do Exército em Brasília. Ele tinha gravado um vídeo convocando os caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas, ameaçados pelos planos do novo governo, para se juntar aos manifestantes.

Tserere Xavante, preso no dia 12, foi acusado de condutas ilícitas em "atos antidemocráticos", sem especificar quais foram as condutas. O líder indígena usou as redes socias para fazer críticas a Moraes e já publicou vídeos questionando a segurança do pleito de 2022, um direito garantido pela Constituição.

O pastor Fabiano ficou foragido por cinco dias antes de ser detido pela PF na segunda-feira 19. Integrante do grupo “Soberanos da Pátria”, Fabiano foi acusado de "atacar o Estado Democrático de Direito”. Mais um crime que não é previsto na Constituição.

O vereador Armandinho Fontoura foi preso em 15 de dezembro, por criticar o STF e por fazer parte de “milícias digitais”. Armandinho criticou ministros do STF nas redes sociais e pediu que fosse colocado “limite nesses bandidos togados”. Também disse que haveria “enfrentamento constitucional”.

Jackson Rangel tem, segundo Moraes, “um extenso histórico de abusos no exercício da liberdade de imprensa e de expressão, como ataques a diversas outras instituições”. Hoje em prisão domiciliar, com tornozeleira, Capitão Assumção e Carlos Von foram proibidos de usar as redes sociais e dar entrevistas ou declarações.

Assumção é alvo do inquérito das fake news, que investiga a divulgação de "notícias fraudulentas", e Von é acusado de "atos antidemocráticos" e usar as redes sociais para se manifestar "contra a democracia". No domingo 25, dezenas de indígenas protestaram em frente ao STF pedindo a soltura do cacique. Com Oeste

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