Bahia tem explosão de casos mentais
Os dois anos de medidas isolacionistas do Governo do Estado, fechando escolas, comércio e empresas, impedindo a população de trabalhar para manter a família, mantendo os baianos em prisão semi-aberta com o toque de recolher às 18 horas, entre outras, está tendo reflexos agora.
Um deles é mental, com o aumento brutal de problemas psicológicos na Bahia. Em Feira de Santana, por exemplo, o Samu fez 578 atendimentos relacionados a urgências mentais somente até novembro, 3,2% dos 17.671 casos de urgência e emergência deste período.
A coordenadora Maiza Macedo contou ao repórter Ney Silva que o número de atendimentos psiquiátricos é alarmante. “O indicador referente às urgências psiquiátricas antes tinha um percentual muito semelhante e próximo da urgência pediátrica e obstétrica. Esse valor da urgência psiquiátrica cresceu muito".
"Para você ter uma ideia, até novembro de 2022, nós tivemos 215 atendimentos pediátricos, 103 obstétricos, e psiquiátricos tivemos 578. Ou seja, comparado aos obstétricos, que eram bem semelhantes, o psiquiátrico está cinco vezes maior. Isso inclui crianças, adolescentes e jovens, e também alguns idosos".
"São distúrbios de comportamento, agressividade, esquizofrenia, depressão, agitação... isso tem aumentado e nos preocupado, já que na doença mental, o acolhimento e a abordagem são diferentes, requer um tempo muito maior, uma referência adequada e assertiva para que a gente consiga resgatar esse paciente”.
Maiza conta que, mesmo com esse aumento, a equipe e o número de ambulâncias é adequado. “Nós temos as equipes de enfermagem, médicos, técnicos de enfermagem, condutores, o pessoal que atende o telefone, um número compatível de acordo com o número de ambulâncias e chamados para Feira e região".
O Samu de Feira de Santana é regional e atende outros seis municípios, Conceição do Jacuípe, Irará, Amélia Rodrigues, Santo Estevão e Santa Bárbara. Cada um tem ambulâncias porém, quando ligam para o 192, cai no de Feira, que orienta e despacha as equipes locais. Com informações e foto de Ney Silva, do Acorda Cidade.
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