66% do solo nacional é bom para agro

Entre os mais de 500 tipos de solos existentes no Brasil, 29,6% tem boa e 2,3% muito boa potencialidade para a agricultura. Outros 33,5% apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de ser corrigidos. As áreas com restrições significativas são 21,4% e com restrições muito fortes, 11%.

É o que mostra o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil divulgado nesta terça pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando se comemora o Dia Mundial do Solo, data implementada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O analista Daniel Pontoni destaca que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o que demonstra a importância da publicação, que é inédita. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”.

A publicação interpretou o potencial natural dos solos para a agricultura levando em consideração recursos naturais, solo e relevo. O IBGE destaca que os mais de 500 tipos de solos foram classificados segundo textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, para definir se tem potencialidade ou restrições.

Os locais com potencialidade moderada são as que têm relevos ligeiramente acidentados, que exigem adequações relativamente fáceis. As áreas com restrições significativas têm relevos acidentados, com problemas de fertilidade e restrições de profundidade, o que pediria ações mais complexas.

Já a classificação de áreas com restrições muito fortes ao uso agrícola indica locais com declividade muito acentuada, a presença de sais indesejáveis ou restrições importantes de profundidade, o que exigiria ações muito significativas e intensivas para tornar a terra adequada ao plantio.

Pontoni explica que também foram classificadas assim as áreas de preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente. “São locais onde a agricultura pode levar à degradação”. O analista destaca ainda que o mapa não traz detalhamento local, apenas regional.

Também não foram levadas em conta as atribuições legais como as unidades de conservação do meio ambiente ou os territórios indígenas ou quilombolas. “As áreas que possuem algum enquadramento ou atribuição legal devem ser respeitadas de acordo com as leis estabelecidas”, ressalta o analista. Com Abr

18:42  |  


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