União abre edital para fazer Tricovab

O Governo Federal quer facilitar o acesso e a utilização do Bioinsumo Tricovab pelos produtores de cacau, por isso o Ministério da Agricultura, através da Ceplac, publicou o Edital de Oferta Tecnológica n° 01/2022. Ele vai selecionar empresas para produzir e vender, com exclusividade, o produto.

O Tricovab é recomendado para o controle do fungo causador da vassoura-de-bruxa no cacaueiro, a pior praga das lavouras de cacau no Brasil. Além disso, o edital busca promover ações visando o co-desenvolvimento do produto em parceria com a Ceplac, conforme condições estabelecidas no documento.

O estudo para desenvolver o Tricovab foi iniciado em meados de 1990 por pesquisadores da Ceplac, em um esforço para aprimorar o controle do fungo da vassoura sem resíduos químicos, possibilitando seu uso na cacauicultura orgânica.

O Tricovab é comprovadamente eficaz, inibe o crescimento do fungo em 99% no solo e em 57% na copa das árvores. O diretor da Ceplac Waldeck Araújo afirma que o uso de bioinsumos para controle biológico está em franco crescimento no agro.

“Além dos excelentes resultados obtidos com o uso do Tricovab para o controle da vassoura-de-bruxa do cacaueiro, o produto contribui para a ampliação do mercado de bioinsumos na agricultura brasileira. A oferta do Tricovab para a produção em larga escala é um importante passo para melhorar a produtividade".

As empresas interessadas em participar devem encaminhar à Ceplac a documentação prevista no Edital, via e-mail ceplac.diretoria@agro.gov.br até 9 de dezembro. O Mapa diz que a ação faz parte do projeto de o Brasil voltar a figurar entre os três maiores produtores de cacau no mundo.

Em meados da década de 1980, o Brasil era o segundo maior produtor de cacau do mundo, mas foi rebaixado à condição de importador depois da vassoura-de-bruxa, que destruia mais de 70% da plantação. Por ter um clima favorável para a disseminação da praga, a Bahia é o estado que mais sofre com a doença.

Os efeitos da praga na região foram devastadores, provocando queda de até 75% da produção, gerando desemprego e êxodo rural. Hoje o Brasil é o sexto produtor mundial de cacau, com produção de cerca de 220 mil toneladas por ano. Pará e Bahia respondem por 95% da produção nacional.

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