Roma critica decisão absurda do TSE

O deputado federal João Roma (PL) considerou um “verdadeiro absurdo” a decisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de multar em R$ 22,9 milhões a coligação formada pelo PL, PR e PP, ao negar a ação sobre as urnas com a alegação de "litigância por má fé".

“É revanchismo, ir pra cima do denunciante sem cumprir o papel de fazer a devida apuração”, disse em entrevista ao programa “Frente a Frente”, na Rede Viva. Para Roma, a decisão do ministro contribui para agravar o sentimento de injustiça que vem motivando as manifestações populares.

“É um passo severo em direção ao radicalismo esse ato contra a ação do PL. O Judiciário deveria estar trabalhando pela pacificação do país. Fazer gestos para acalmar os ânimos. É o sentimento de injustiça que está levando o povo às ruas, mais do que a possibilidade de fraude”.

“O parlamento não pode ficar em silêncio, vendo a Constituição Federal sendo rasgada”, afirmou Roma, que se juntou a outras críticas, como a do deputado federal Junio Amaral (PL-MG). "O tratamento dado por Moraes ao pedido do partido foi esdrúxulo.

"Não estou falando nem sobre o indeferimento do pedido ou a indiferença com os fatos apresentados, mas o desprezo com os fatos, com as informações que contêm o relatório”, disse Amaral em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan. “Ele sequer se debruçou no relatório para emitir sua opinião.”

“Coisas semelhantes só acontecem em países claramente ditadores. Não há em uma democracia o que esse senhor está fazendo”, afirmou Amaral, para quem o TSE tem a obrigação de apresentar, tecnicamente, a refutação ao relatório de pouco mais de 200 páginas protocolado pelo partido.

“Nós estamos nos baseando no relatório técnico. A Justiça Eleitoral que apresente sua refutação técnica. E não em menos de uma hora já responder a representação com a faca no pescoço do PL, tentando constranger o partido”, concluiu Amaral. Outro crítico é o vice-presidente Hamilton Mourão, eleito senador.

“Não basta, pura e simplesmente, respostas lacônicas do nosso Tribunal Superior Eleitoral no sentido de contestar eventuais, vamos dizer assim, denúncias ou argumentações sobre o processo de votação”, comentou. Ele afirma que a Corte eleitoral "foi parcial nesse jogo”.

Mourão cobrou mais transparência no processo eleitoral. “Há, no Brasil, uma parcela da nossa sociedade que considera que o processo tem problemas. E eu, de minha parte, vejo que precisamos ter que dar mais transparência nesse processo”.

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