Roma critica 'cheque em branco' a Lula
O deputado federal João Roma criticou as indicações da equipe de transição do ex-presidiário Lula, do PT, que propõe estourar os gastos em até R$ 200 bilhões sob o pretexto de garantir o Bolsa Família de R$ 600. Roma também desaprovou a manutenção de um discurso de palanque do presidente eleito.
"Ele tem alimentado divisões e acirramento de ânimos", diz, dando como exemplo provocar o mercado financeiro. “O melhor caminho é como nós temos trilhado desde o início do governo Bolsonaro, que é buscar responsabilidade fiscal, atuando de maneira que possamos ajudar os vulneráveis sem comprometer a economia”.
“Desde que cheguei no Ministério da Cidadania, eu utilizava a expressão de que a área social e a econômica eram duas faces da mesma moeda. Então não adianta, sob o pretexto de querer ajudar os mais vulneráveis, exagerar, gerando um sentimento de fragilidade na área econômica".
"Quando a economia não vai bem quem sofre são justamente as pessoas mais necessitadas”, apontou Roma. O parlamentar enfatizou que o mais adequado nesse momento é buscar um discurso sem maiores exageros, buscando atuar em pontos que sejam comuns ao atual governo e ao próximo.
Roma citou o exemplo de quando o governo Bolsonaro criou o Auxílio Emergencial e, em seguida, o Auxílio Brasil. “Achamos uma equação que o mercado compreendesse, mas mesmo assim tivemos muitos sobressaltos. Fala-se em R$ 200 bilhões de estouro de teto por tempo indeterminado. É um cheque em branco".
O ex-ministro da Cidadania disse que não há empecilhos para a aprovação do Auxílio Brasil de R$ 600 a partir de 2023. “Viabilizar isso não tem dificuldade, mas a equipe de transição apresenta outros quesitos. O Auxílio de R$ 600 é consenso de todos”, salientou Roma, apontando que já havia essa previsão.
“O que pega mais no momento é quererem pegar novos elementos e não colocar isso com clareza para o mercado, que é intangível, pois é a percepção de vários atores”, disse. O deputado federal também falou sobre o silêncio do presidente Jair Bolsonaro após o resultado das eleições.
“O presidente está procurando reagrupar seu grupo político e agindo de forma cautelosa. Ele teve também alguns problemas de saúde”. O parlamentar do PL rechaçou que o presidente estava incitando manifestações violentas: Roma salientou que nenhum dos protestos é coordenado a partir do poder central.
“O que se observa ao lado de Bolsonaro são gestos de pacificação. A própria declaração dele foi nesse sentido: todos as manifestações são bem-vindas, mas de forma pacífica, pois os nossos métodos não são dos da esquerda, como a invasão de terras, destruição de patrimônio e impedir o direito de ir e vir”.
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