PF investiga crimes cometidos na FGV

A Polícia Federal iniciou nesta quinta-feira a Operação Sofisma, que mira um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro na Fundação Getúlio Vargas. Entre os investigados, estão membros da família Simonsen, fundadores da FGV, e parentes do ex-ministro Mario Henrique Simonsen.

Agora, os agentes cumprem 29 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo. Um dos endereços alvo da PF é a sede da FGV, na capital fluminense. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio. A Justiça também emitiu ordens de sequestro e cautelares restritivas.

Segundo a PF, a investigação teve início em 2019, depois de informações segundo as quais a FGV era utilizada por órgãos federais e estaduais “para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas, funcionando como um verdadeiro ‘biombo legal’”.

A PF afirmou ainda que a FGV também “superfaturava contratos realizados por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de firmas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a concorrentes em licitações coordenadas por ela”.

Para ocultar a origem ilícita dos valores, de acordo com a investigação, “diversos executivos titularizaram offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, indicando não só a lavagem de capitais, como evasão de divisas e de ilícitos fiscais”.

As penas dos fatos investigados podem chegar a quase 90 anos de prisão. “O nome da operação — Sofisma — faz alusão à figura grega dos sofistas, filósofos que, através da argumentação, transvestiam de veracidade informações que sabiam ser falsas, com a intenção de manipular a população”, explicou a PF.

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